O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou hoje um decreto para apoiar a Ucrânia com mais de 40 mil milhões de dólares (37,8 mil milhões de euros) em assistência para fazer face à invasão da Rússia.
Segundo a Associated Press (AP), a legislação, que foi aprovada pelo Congresso com o apoio de democratas e republicanos, aprofunda o compromisso dos EUA com a Ucrânia num momento de incerteza sobre o futuro da guerra, que vai para o seu quarto mês.
A Ucrânia defendeu Kiev com sucesso, o que obrigou a Rússia a reorientar a sua ofensiva para o leste do país, mas as autoridades americanas alertam para o potencial de um conflito prolongado.
O financiamento destina-se a apoiar a Ucrânia até setembro e supera a medida de emergência anterior, que disponibilizou 13,6 mil milhões de dólares (12,9 mil milhões de euros).
A nova legislação fornecerá 20 mil milhões de dólares (18.9 mil milhões de euros) em assistência militar, garantindo um fluxo constante de armas avançadas, que foram usadas para impedir os avanços da Rússia.
Há também oito mil milhões de dólares (7,6 mil milhões de euros) para apoio económico geral, cinco mil milhões de dólares (4,7 mil milhões de euros) para fazer face à escassez global de alimentos, que pode resultar do colapso da agricultura ucraniana, e mais de mil milhões de dólares (945 milhões de euros) para ajudar os refugiados.
Biden assinou a medida em circunstâncias incomuns. Por estar no meio de uma viagem à Ásia, um funcionário dos EUA levou uma cópia do projeto num voo comercial para Seul para o Presidente assinar, referiu um funcionário da Casa Branca, citado pela AP.
A logística reflete a necessidade urgente em torno do apoio contínuo dos EUA à Ucrânia, mas também os desafios internacionais sobrepostos que Biden enfrenta.
Enquanto tenta reorientar a política externa americana para enfrentar a China, Biden continua a direcionar recursos para o maior conflito na Europa desde a 2.ª Guerra Mundial.
Biden também assinou uma medida não relacionada, destinada a aumentar o acesso à fórmula infantil num momento em que as provisões permanecem escassas nos Estados Unidos.
A legislação permitirá que os benefícios governamentais do Programa Especial de Nutrição Suplementar para Mulheres, Bebés e Crianças — mais conhecido como WIC — sejam usados para comprar mais tipos de fórmula infantil.
Lusa