O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebe hoje na Casa Branca o emir do Qatar, com quem vai abordar questões ligadas à energia, apoio à população do Afeganistão e ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
A visita de Tamin bin Hamad al Zani levanta expectativas porque o Qatar é um dos maiores produtores de gás liquefeito do mundo, podendo constituir uma ajuda à União Europeia se a Rússia cortar o abastecimento devido à crise na Ucrânia.
Mesmo assim, fontes da administração norte-americana, mencionadas pela agência Efe, referem como pouco expectável a possibilidade de um anúncio sobre um acordo em matéria de energia, limitando-se a frisar que o Qatar é um dos grandes produtores de gás natural com quem Washington tem estado em contacto para ajudar o bloco europeu no sentido de se encontrar alternativas ao gás russo.
Os Estados Unidos não identificaram os países com quem estão a negociar a ajuda energética à União Europeia.
Na semana passada, Washington disse apenas que se trata de países do Médio Oriente e do norte de África.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também expressaram recentemente ao emir do Qatar o desejo de reforço da aliança energética com o país, que já é responsável por 5,2% das importações de gás do bloco comunitário.
Responsáveis da administração dos Estados Unidos disseram que os contactos com o Qatar “são regulares”, adiantando que os objetivos da reunião entre Biden e Bin Hamad al Zani estão também relacionados como a promoção da segurança e desenvolvimento do Médio Oriente e o apoio à população do Afeganistão.
Sobre a questão afegã, Biden deve agradecer ao emir a ajuda do Qatar na retirada dos cidadãos norte-americanos e colaboradores afegãos no ano passado.
As bases militares dos Estados Unidos no Qatar foram uma das principais escalas dos voos norte-americanos que transportaram civis do Afeganistão durante a retirada do país.
De acordo com as fontes norte-americanas, Biden deve também abordar os assuntos relacionados com o papel desempenhado pelo Qatar no restabelecimento da ajuda humanitária a Gaza depois de última guerra entre Israel e as milícias armadas, em maio de 2021, e que provocou a morte a 260 palestinianos e a 13 israelitas.
Lusa