Quinta-feira, 12 de Dezembro, 2024

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Presidente moçambicano fala hoje no parlamento sobre o estado da nação

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, fala hoje na Assembleia da República (AR) sobre o estado da nação, cumprindo uma imposição em vigor desde a primeira Constituição multipartidária aprovada em 1990.

Num discurso previsto para durar cerca de duas horas, perante os 250 deputados da AR, Nyusi fará a radiografia da situação política, económica, militar e social do país.

Este ano foi marcado pela entrada de forças militares do Ruanda e mais tarde da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) no combate aos grupos armados que desde finais de 2017 protagonizam o terror na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.

Como resultado da pressão militar que estão a sofrer em Cabo Delgado, insurgentes terão fugido para a província vizinha do Niassa, tendo já realizado ataques armados no distrito de Mecula, como reconheceu na semana passada o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael.

O ponto de situação do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) de antigos guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, também será um dos aspetos a serem abordados na mensagem do chefe de Estado.

Filipe Nyusi também vai debruçar-se sobre a luta que o país está a travar contra a pandemia de covid-19, numa altura em que aumentam os receios de uma nova vaga precipitada pela circulação já confirmada no país da nova variante Ómicron.

No plano económico, a chegada prevista para janeiro da plataforma flutuante que vai produzir gás natural liquefeito na bacia do Rovuma será uma das notas de maior realce no discurso sobre o estado da nação.

O discurso sobre a situação do país no parlamento moçambicano não dá lugar a perguntas dos deputados e em ocasiões anteriores a Renamo já abandonou a sala de sessões por não reconhecer legitimidade ao Presidente da República, cargo que foi sempre ocupado por figuras da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder desde a independência do país, em 1975.

O discurso sobre o estado da nação vai marcar o penúltimo dia dos trabalhos parlamentares deste ano, uma vez que a instituição encerra as sessões plenárias na sexta-feira para o interregno da quadra natalícia.

O parlamento moçambicano é dominado pela Frelimo, com uma maioria qualificada de 184 dos 250 assentos que compõem a AR, seguida da Renamo, com 60, e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), com seis lugares.

Lusa

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