O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, revelou nesta segunda-feira, no Lubango (Huíla), a existência no país de importantes reservas em hidrocarbonetos (petróleo e gás) para décadas de exploração.

Falando durante uma aula magna sobre “Importância dos recursos minerais para o desenvolvimento socioeconómico sustentável de Angola”, ministrada a universitários, sem avançar números concretos, disse que essas reservas estão estudadas e garantidas para mais de uma década de exploração.
O titular da pasta afirmou que o cálculo foi feito e certificado por especialistas de competência e experiência reconhecida internacionalmente, que conferem ser um activo real.
Destacou que o País apesar de dependente do petróleo, todos os mineiras são importantes para o seu desenvolvimento, daí a necessidade de acrescer valor com a transformação através de refinarias e indústria petroquímica.
Segundo ele, essa aposta passa igualmente por criar um segmento forte na produção de amónio e ureia para a produção de fertilizantes.
Para ele, a exploração desses minerais requer maior responsabilidade com as questões ambientais, respeito das populações ao redor e bom uso das receitas para aumentar a riqueza do País, com a diversificação da economia e melhoria das infra-estruturas.
“São recursos importantes e durante muitas décadas vão continuar a ser, o que pode acontecer é de acordo com o desenvolvimento tecnológico, um ou outro mineral pode torna-se menos importante e outros passarão a ter mais notoriedade que têm hoje”, continuou.
Referiu que actualmente fala-se que os recurso minerais, desde os hidrocarbonetos (petróleo e gás), minerais fósseis, ferrosos e não ferrosos, industriais, terras raras, são nocivos ao ambiente e há uma corrente forte que é contra a actividade, mas também são riquezas que constituem “uma bênção” e podem se transformar em “maldição” quando não são bem exploradas pelo homem.
Sublinhou falar-se que o País é rico em recursos minerais, mas na verdade é riqueza mineral potencial, que precisa ser extraída, transformada e utilizada para beneficiar a população, um processo que requer tempo e pessoal capacitado.
O ministro está na Huíla para a realização hoje, terça-feira, no Lubango, do primeiro seminário sobre mineração de Ouro em Angola.
Angop