O coordenador do Grupo Técnico Empresarial do país, Carlos Cunha, afirmou hoje, na cidade do Cuito, província do Bié, que Angola está “no caminho certo” para se tornar, nos próximos anos, uma potência agropecuária em África.

Falando à imprensa local, no último dia do III fórum das cooperativas pecuárias de Angola, que decorreu desde sexta-feira, sublinhou que, pelo ritmo como o país está agora, irá converter-se rapidamente numa potência em termos de agropecuária, o que vai permitir evitar a importação de carne.
Carlos Cunha avançou ainda que o país necessita, neste momento, de mais tecnologia, engajamento e conhecimento no sector da pecuária, de modo a atingir-se o mais rápido possível este objectivo.
Por isso, apelou às cooperativas a prosseguirem no fomento da pecuária.
Angola está a importar actualmente mais de mil toneladas de frango e 150 de carne bovina.
Carlos Cunha chamou a atenção do Executivo, a fim de desagravar algumas taxas viradas à agropecuária, para tornar a carne cada vez mais barata para as famílias angolanas.
Avançou, de igual modo, que o Grupo Técnico Empresarial conseguiu, em parceria com o Executivo, acabar com os emolumentos que se cobravam na legalização das cooperativas, estando agora grátis.
O III fórum das cooperativas pecuárias de Angola decorreu desde sexta-feira, com estratégias viradas para o aumento da produção animal no país, visando a redução das importações.
Durante dois dias, os participantes de 14 das 18 províncias do país (Zaire, Cabinda, Lunda Norte e Lunda Sul não se fizeram presentes) debateram temas como: Últimas propostas do grupo técnico empresarial aprovadas pelo Executivo, taxas aduaneiras e redução do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e impacto na pecuária.
Constaram ainda o financiamento às cooperativas, estado actual e propostas, constituições das uniões regionais e seu modo operante, cadeia de valor da pecuária de Angola, primeira visita da Biocampo a Angola, contribuição e colaboração do laboratório na melhoria da genética nos rebanhos, bem como a constituição do núcleo do Bié e outros temas.
Angop