O coordenador do Grupo Técnico Empresarial de Angola, Carlos Cunha, considerou nesta sexta-feira, na cidade do Cuito, província do Bié, que a redução do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) vai estimular a concorrência entre o sector formal e o informal.

Falando no III fórum das cooperativas pecuárias de Angola, em que apresentou o tema sobre a redução do IVA e o impacto na agropecuária, Carlos Cunha sublinhou que 70 por cento da economia angolana é informal, onde não se transacciona este imposto.
Por isso, segundo ele, a medida anunciada pelo Chefe de Estado, no dia 15 de Outubro deste mês, na sua mensagem sobre o estado da Nação, vai permitir trazer mais competitividade do sector formal.
Carlos Cunha adiantou que a redução da taxa, actualmente fixado em 14 por cento, irá aproximar a oferta do produto e melhorar a competitividade do produtor.
Construção de estradas nacionais deve passar para o sector privado
Noutra vertente, Carlos Cunha defendeu que o Executivo angolano deve deixar de investir na construção ou reabilitação das estradas nacionais, passando esta tarefa para o sector privado, para alavancar a economia.
Carlos Cunha entende que o Executivo devia apenas se concentrar na recuperação das estradas secundárias e terciárias.
Neste sentido, o Grupo Técnico Empresarial, de acordo com Carlos Cunha, apresentou ao Governo uma proposta que sugere somente o investimento do Estado no reforço das estradas locais, deixando as nacionais com os empresários privados e estrangeiros, evitando deste modo desperdício de recursos financeiros, onde a tesouraria angolana está sem dinheiro.
Avançou que a proposta inclui o estudo de viabilidade das estradas estruturantes e mais auto-sustentáveis que o país tem, abrindo um concurso internacional para a sua intervenção, sem despesas do Orçamento Geral do Estado (OGE).
A modalidade de concessão de exploração, prosseguiu, é a mais adequada em todo mundo, uma vez que Angola tem dificuldades da produção de betuminoso (material fundamental para construção de estradas).
O III fórum das cooperativas pecuárias de Angola arrancou esta sexta-feira, na cidade do Cuito, província do Bié, com estratégias viradas para o aumento da produção animal no país, visando a redução das importações.
Durante dois dias, os participantes vindo das 18 províncias do país vão debater temas como últimas propostas do grupo técnico empresarial aprovadas pelo Executivo, taxas aduaneiras redução do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e impacto na pecuária.
Constam ainda o financiamento às cooperativas, estado actual e propostas, constituições das uniões regionais e seu modo operante, cadeia de valor da pecuária de Angola, primeira visita da Biocampo a Angola, contribuição e colaboração do laboratório na melhoria da genética nos rebanhos, bem como a constituição do núcleo do Bié e outros temas.
Angop