Sábado, 28 de Junho, 2025

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ONG diz que extensão da missão da SADC abre “boas perspetivas”

A organização não-governamental Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD) considerou hoje que o prolongamento da missão militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) em Moçambique abre boas perspetivas para consolidação da segurança em Cabo Delgado.

“A presença das tropas da SADC em Cabo Delgado por mais três meses abre boas perspetivas para a consolidação da segurança”, refere a organização em comunicado divulgado hoje.

O prolongamento da missão militar da SADC foi anunciado no sábado, no final da Cimeira Extraordinária da Troika do Órgão da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral mais a República de Moçambique, presidida pelo Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, realizada em Pretória, capital da África do Sul.

A Missão da SADC em Moçambique (SAMIM, sigla inglesa) chegou ao terreno em 09 de agosto para “combater atos de terrorismo e extremismo violento na Região Norte da Província de Cabo Delgado” com um mandato inicial que ia até 15 de outubro de 2021.

Para o CDD, a consolidação da segurança em Cabo Delgado vai abrir espaço para o reforço da assistência humanitária às populações afetadas pelo conflito, garantindo também a possibilidade de um retorno seguro dos deslocados e a reconstrução de infraestruturas destruídas.

Desde julho, a ofensiva das tropas governamentais com apoio externo permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas de Cabo Delgado onde havia rebeldes, nomeadamente a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde agosto de 2020.

Além da SADC, as forças moçambicanas contam com o apoio cerca de mil soldados e polícias do Ruanda, no âmbito da cooperação no domínio da defesa entre os dois estados.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, segundo as autoridades moçambicanas.

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