Quinta-feira, 12 de Dezembro, 2024

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Marrocos investiga origem de boato ‘online’ de incentivo à migração para Ceuta

A polícia de Marrocos anunciou hoje a abertura de uma investigação judicial para descobrir os responsáveis pela difusão na Internet de mensagens que incentivavam jovens migrantes a entrarem de forma irregular no enclave espanhol de Ceuta.

Num comunicado, a Direção-geral de Segurança Nacional (DGSN) marroquina precisou que está a investigar a origem de informações falsas publicadas na terça-feira à noite nas redes sociais – e igualmente partilhadas através de aplicações de mensagens – que avançavam que as autoridades marroquinas “tinham relaxado as medidas de controlo fronteiriço” entre Marrocos e Ceuta, território espanhol localizado no norte de Marrocos.

Na sequência deste boato, centenas de pessoas, sobretudo jovens menores, deslocaram-se para Castillejos, cidade marroquina localizada a cerca de três quilómetros da fronteira com Ceuta, por onde migrantes tentam frequentemente entrar de forma irregular no enclave espanhol.

Segundo a agência espanhola EFE, as forças de segurança marroquinas conseguiram impedir, durante a madrugada, que estas pessoas se aproximassem da fronteira, através do destacamento de um forte dispositivo antimotim em Castillejos.

No mesmo comunicado, a DGSN acrescentou que, durante a aplicação das medidas de segurança, alguns migrantes lançaram pedras contra os agentes policiais e vandalizaram dois veículos privados que se encontravam no local.

Durante os distúrbios, as patrulhas policiais detiveram cinco pessoas que alegadamente estiveram envolvidas nos atos de violência.

Para tentar travar um possível novo fluxo migratório em direção a Ceuta, as autoridades marroquinas também montaram controlos em estradas e proibiram os táxis das localidades circundantes de transportarem pessoas para Castillejos.

Entre 17 e 18 de maio, Ceuta testemunhou um fluxo migratório sem precedentes, quando viu chegar cerca de 10 mil migrantes procedentes de Marrocos, na maioria cidadãos marroquinos, mas também outros oriundos da África subsaariana.

Na altura, várias centenas destes migrantes, que entraram no território espanhol escalando uma cerca na fronteira ou nadando à volta da mesma, eram menores de idade que estavam sozinhos.

Esta situação gerou uma tensão diplomática entre Madrid e Rabat.

Lusa

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