O Ministério da Saúde (MINSA) anunciou, esta quarta-feira, o registo de 18 mil novos casos de Hiv-sida em Angola durante o primeiro semestre do ano em curso.
Trata-se de um registo resultante de um milhão 46 mil e 908 testes realizados nos diversos centros de diagnóstico e unidades sanitárias.
Comparativamente ao mesmo período de 2020, houve uma redução, tendo em conta o registo de 26 mil casos positivos em 920 mil 620 pessoas testadas.
Segundo o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, que falava na cerimónia de abertura das jornadas alusivas ao Dia Mundial de Luta contra a Sida, dos novos casos, 94.4 por cento são adultos e 5.6 por cento crianças.
Franco Mufinda explicou que o governo tem como desafios para reverter o quadro, a aquisição de mais testes e medicamentos para o tratamento de hepatites virais.
O responsável destacou os resultados alcançados com a campanha nascer livre para brilhar, a expansão do acesso à carga viral e o diagnóstico precoce infantil.
Por sua vez, o presidente da ANASO, António Coelho, disse que a organização continuará a trabalhar e a promover a abordagem sobre a prevenção e tratamento do VIH.
As autoridades têm sob controlo cerca de 350 mil angolanos com VIH, sendo que apenas 93 mil fazem terapia antiretroviral.
OS dados disponíveis indicam que o número de mulheres vivendo com VIH é de 210 mil, 49 mil jovens dos 15 aos 24 anos e 31 mil crianças dos zero aos 14 anos.
O país tem uma taxa de transmissão vertical de 19.36 por cento, com um total de 776 mil 991 órfãos de sida.
Em Angola os primeiros casos de HIV surgiram em 1985.