Sábado, 28 de Junho, 2025

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Após acusação poluição, Catoca investiga qualidade da água do rio Chicapa

A Sociedade Mineira de Catoca realiza, neste final de semana, uma expedição investigativa, ao longo do rio Chicapa, até à fronteira com a República Democrática do Congo (RDC), para a recolha de amostras.

Segundo a empresa,em nota de imprensa, o objectivo é provar, com dados laboratoriais, que não vazaram metais pesados para o rio Tchicapa e adjacentes, em consequência do incidente registado no tubo do sistema de drenagem da bacia de rejeitados, no dia 24 de Julho deste ano.

O propósito desta expedição é ainda de, a partir da província da Lunda Sul, passando pela Lunda Norte até a fronteira do Congo, fazer-se a monitorização “in loco” ao longo do percurso do rio Chicapa.

O documento indica que se vai aferir a qualidade da água, através da colecta de amostras para análise da caracterização química dos sedimentos arrastados pelas águas, avaliação do plâncton (zoo, cito e ictioplancton), monitorização da fauna (anfíbios, repteis, aves e mamíferos), entre outros.

Os resultados dessa expedição, faz saber o informe, visam refutar as acusações da República Democrática do Congo que dão conta que o vazamento terá provocado perdas humanas naquele país vizinho.

Segundo Sabino Coqueia, chefe de Departamento de Segurança de Trabalho e Ambiente da Sociedade Mineira de Catoca, “não é possível que Catoca tenha feito chegar produtos tóxicos ao rio Chicapa e adjacentes, visto que a empresa não utiliza produtos químicos no seu processo de produção e os resultados das pesquisas feitas, aquando do vazamento de polpa de rejeitados confirmam isso.

“Refutamos todas as acusações, contudo, no quadro da nossa responsabilidade social e ao forte compromisso com a preservação do meio ambiente, decidimos criar uma equipa multidisciplinar, onde integram representantes de ministérios, universidades, direcções provinciais, ONG e laboratórios independentes, que está a realizar essa expedição e muito brevemente faremos a apresentação pública dos seus resultados”, assevera a nota.

Aquando do incidente, a Sociedade Mineira de Catoca aplicou, de imediato, um plano de mitigação do impacto ambiental, monitorizando constantemente o ecossistema, a biodiversidade e a qualidade das águas do rio Chicapa.

Destaca o documento que este acompanhamento permitiu observar uma melhoria acentuada e contínua da concentração de sólidos em suspensão, comprovando que, apesar de ser um incidente desafortunado, nunca houve risco de vida para as populações.

No domínio da infra-estrutura, a Sociedade Mineira de Catoca está a analisar e a reforçar a estabilidade dos diques de contenção.

Além do conjunto de sistemas de protecção, já existentes, enumera a nota, foram construídos mais dois diques e está em curso a construção de um terceiro para filtrar as partículas em suspensão.

Para mitigar as consequências na vida das populações que dependem da pesca praticada nos rios afectados, Catoca apoiou, até ao momento, perto 200 famílias com bens alimentares de primeira necessidade, uma acção que se enquadra nos seus programas de responsabilidade social.

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