Pelo menos 480 civis morreram em ataques extremistas em Burkina Faso entre maio e agosto, afirmou nesta segunda-feira (13) o Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC), uma ONG que destaca as “necessidades humanitárias urgentes” no país.
A organização manifestou também sua preocupação pelo aumento do número de deslocados nos últimos meses, com mais de 275.000 pessoas “obrigadas a fugirem pela nova onda de violência” que ocorre desde abril.
Segundo o NRC, 55.000 pessoas em média se viram obrigadas a fugirem cada mês de suas casas desde abril, cerca de três vezes mais que os números mensais de média entre outubro de 2020 e março de 2021.
No total, são mais de 1,4 milhão de pessoas que foram obrigadas a sair de suas cidades em Burkina Faso por causa dos ataques.
“A lentidão e a falta de resposta humanitária obriga a população a escolher entre a insegurança e a fome”, alertou o NRC num comunicado.
País pobre da África ocidental, Burkina Faso enfrenta desde 2015 ataques extremistas frequentes e sangrentos, especialmente nas regiões do norte e do leste.
Esses ataques, atribuídos aos grupos extremistas afiliados ao grupo Estado Islâmico e Al-Qaeda, causaram mais de 1.500 mortes, segundo as autoridades locais.
Mais de 1,3 milhão de deslocados se “beneficiaram de uma assistência alimentar de 38.000 toneladas em todas as regiões do país”, acrescentaram.
AFP