Sábado, 28 de Junho, 2025

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Ex-presidente deposto da Guiné está bem de saúde, diz Cedeao

Membros de uma missão da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Cedeao), na Guiné Conacri, asseguraram nesta sexta-feira (10) que o presidente deposto, Alpha Condé, “se encontra bem” de saúde, durante uma visita após o golpe militar.

“Vimos o presidente, está bem”, disse à imprensa o ministro burquinabê das Relações Exteriores, Alpha Barry.

“Vimos o presidente aqui no quartel-general da junta”, acrescentou o presidente da Comissão da Cedeao, Jean-Claude Kassi Brou, que confirmou o bom estado de saúde de Condé.

A missão da Cedeao chegou nesta sexta a Conacri, capital da Guiné Conacri, e é formada pelo presidente da Comissão e pelos ministros de Relações Exteriores de Burkina Faso, Nigéria, Togo e Gana, que ocupa atualmente a presidência rotativa da organização.

Antes de seu encontro com o presidente, a delegação se reuniu durante quase duas horas com um representante da junta militar.

“Tivemos discussões muito positivas” com os militares, assegurou o ministro ganense das Relações Exteriores, Shirley Ayorkor Botchwey.

Os dirigentes da Cedeao decidiram na quarta-feira pela suspensão da Guiné de seus órgãos e também exigiram a libertação de Condé.

A secretária-geral do Ministério de Relações Exteriores guineano, que atualmente chefia a diplomacia após a destituição dos demais altos funcionários, falou nesta sexta-feira de um “princípio” de acordo sobre a libertação do presidente deposto.

“É difícil responder imediatamente à demanda” da comunidade internacional, mas “alcançamos um princípio” de acordo, afirmou.

Liderados pelo comandante Mamady Dumbuya, os golpistas capturaram Condé no domingo passado, dissolveram as instituições e anunciaram a libertação de “presos políticos”.

O golpe foi recebido com aplausos nas ruas e manifestações de apoio em Conacri.

Contudo, a ação dos militares não foi bem recebida pela comunidade internacional, que aumentou a pressão sobre o país da África Ocidental.

Nesse sentido, a União Africana (UA) anunciou esta sexta-feira (10) a suspensão da Guiné de todas as suas “atividades e órgãos de tomada de decisões”, uma ação semelhante à tomada pelos dirigentes da Cedeao, que também decidiram suspender o país de seus órgãos.

Até o momento, não há informações oficiais sobre baixas relacionadas com o golpe, mas alguns meios do país relataram que entre dez e 20 membros da guarda presidencial morreram no levante. Entretanto, essas informações são muito difíceis de se verificar.

AFP

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