Mais de cinco mil pessoas aguardam pela segunda dose da vacina contra a Covid-19, na província do Moxico, depois do registo de uma ruptura da substância que se prolonga há quase dois meses, informou esta segunda-feira, no Luena, o director do gabinete provincial da Saúde, Henriques Ramalho.

O responsável avançou esta informação à imprensa no final de um encontro orientado pelo governador do Moxico, Gonçalves Muandumba, que analisou a situação epidemiológica da província, que tem registado aumento acentuado de casos da pandemia.
De acordo com o director, a situação já é do conhecimento do ministério de tutela, que poderá dar resposta nos próximos tempos.
Relativamente ao intervalo entre a primeira e a segunda dose, uma questão que inquieta a população já vacinada, disse para manterem a calma, pois o tempo que separa de uma toma para outra é de 90 dias.
Em termos de cobertura da campanha, mais de 38 mil pessoas já tomaram as duas doses da vacina da Astrazeneca a nível da província.
Quanto ao actual quadro epidemiológico, disse que os números são preocupantes, uma vez que a província tem um acumulado de 592 casos de Covid-19, dos 409 registados, em 2021, com uma taxa de incidência de 0,4 da população da região.
O município do Moxico (sede), com 570 casos, seguido dos Bundas, com nove, são as regiões da província com maior registo da pandemia, enquanto Cameia é o único que não teve casos de Covid-19 até ao momento.
Segundo o responsável, os bairros Kapango, com 15,6 por cento, Social (13,9%), Nzaji e Zorró com 7,8 são as zonas com maior risco.
Em termos de distribuição de grupo etária, disse que a faixa entre 20 a 29 anos de idade é a mais atingida pela Covid-19, com 29 por cento, seguida dos 30 a 39 anos com 27 por cento dos casos, no sentido contrário as pessoas do zero a nove anos dos 60 em diante são os menos afectados com cinco e seis por cento.
Quanto ao género, as pessoas do sexo feminino lideram os casos de contaminação com 222 casos, representando 54 por cento, contra 187 (46%) do sexo oposto.
Na ocasião, o governador provincial do Moxico, Gonçalves Muandumba, exigiu mais rigor e fiscalização no cumprimento das medidas de biossegurança estabelecidas pelo Decreto Presidencial sobre a situação de calamidade pública em vigor no país, com vista a eliminar a cadeia de transmissibilidade na região.
O governante orientou mais acções de sensibilização e informação direccionada à população, bem como assegurar o cumprimento das medidas de biossegurança, fundamentalmente nos transportes públicos, nos mercados, nas igrejas, escolas e unidades hospitalares.
Angop

