A empresa farmacêutica sul-africana Aspen, que embala a vacina da Johnson & Johnson’s na África do Sul, anunciou que irá entregar hoje o seu primeiro lote de vacina de fabrico local.
A Aspen “tem o prazer de confirmar que a primeira entrega da vacina covid-19 da Johnson & Johnson’s à África do Sul” será feita hoje, anunciou a empresa, através de uma declaração, sem especificar a quantidade de vacinas que serão entregues.
A empresa descreveu esta entrega como um “marco significativo” na história da África do Sul e da África em geral, porque “estas são as primeiras vacinas covid-19 produzidas no continente africano, por uma empresa africana e para pacientes africanos”.
A Aspen produz as suas vacinas na sua fábrica em Gqeberha (antiga Port Elizabeth), no sul do país.
A África do Sul acelerou recentemente o seu programa de vacinação, com 6,3 milhões de injeções dadas e 10% da população com pelo menos uma dose de vacina.
Inicialmente limitada aos maiores de 35 anos, a vacinação será aberta a todos os maiores de 18 anos, a partir de 01 de setembro.
Na semana passada, a BioNTech e a Pfizer assinaram um acordo com a Biovac da África do Sul para a produção de vacinas covid-19 na Cidade do Cabo.
Após anunciar uma queda de 20% do número médio diário de novos casos de covid-19, o presidente sul-africano anunciou domingo à noite o levantamento da proibição de venda de bebidas alcoólicas, bem como o alívio de outras restrições devido à pandemia.
“Os últimos números sugerem que já ultrapassámos largamente o pico da terceira vaga de infeções, embora existam áreas no país onde ainda precisamos de nos preocupar, porque as taxas de infeção ainda não mostraram sinais de declínio”, disse Ramaphosa.
O governo está a permitir que as vendas a retalho de álcool recomecem de segunda a quinta-feira, enquanto bares e restaurantes também serão autorizados a vender bebidas alcoólicas.
As escolas reabriram completamente, e são novamente permitidos encontros sociais e religiosos para um máximo de 50 pessoas, dentro de casa, e 100 pessoas ao ar livre. O recolher obrigatório noturno foi reduzido para entre as 22:00 e as 04:00.
Ramaphosa anunciou também o restabelecimento de uma ajuda de emergência mensal de 350 rands ($23,50) para sul-africanos desempregados até março próximo. De acordo com as estatísticas oficiais do país, estima-se que se tenham perdido dois milhões de empregos desde o ano passado, devido à pandemia.
Enquanto novos casos confirmados estão a diminuir na África do Sul, muitos outros países em África estão a ver aumentar os casos de covid.19, impulsionados pela variante Delta.
Para acelerar a sua campanha de vacinação em massa, a África do Sul começará a dar vacinas durante os fins de semana e disponibilizá-las-á a residentes mais jovens, com 18 anos ou mais, a partir de 01 de setembro. Atualmente, as vacinas estão limitadas a pessoas a partir dos 35 anos.
“Nas próximas semanas, vamos aumentar substancialmente a taxa de vacinação”, disse Ramaphosa.
Nas últimas 24 horas, África registou mais 857 mortos devido à covid-19, contabilizando um total de 164.383 óbitos e 6.475.582 infetados desde o início da pandemia.
O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro de 2020, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.156.164 mortos em todo o mundo, entre 193.687.980 de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
Lusa