A Argélia condenou neste domingo (25) a decisão da União Africana (UA) de conceder a Israel o status de observador para a organização continental.
“Adotada sem o benefício de grandes consultas prévias entre todos os estados membros, esta decisão não tem vocação, nem capacidade para legitimar as práticas e comportamentos do referido observador”, disse o Ministério das Relações Exteriores da Argélia num comunicado.
Sem citar Israel, a declaração acrescenta que as ações do observador “são totalmente incompatíveis com os valores, princípios e objetivos consagrados na Ata Constitutiva da União Africana”.
O país conquistou o status de observador para a UA, sediada na Etiópia, na última quinta-feira, uma vitória diplomática do Estado hebraico, que a reclama há anos.
Israel, que mantém relações com 46 países africanos, tinha status de observador na antiga Organização da Unidade Africana, mas o perdeu com sua transformação em União Africana em 2002.
Os palestinos já têm status de observadores na UA, onde contam com apoiantes importantes no seu conflito com Israel.
Desde a sua independência em 1962, a Argélia tem abraçado a causa do “direito dos povos à autodeterminação”, em particular dos palestinianos, com os quais mantém laços históricos.
Argel não mantém relações diplomáticas com “a entidade sionista”, como chama o Estado de Israel.
AFP