Um estudo sobre diversidade no mercado de trabalho em Luanda divulgado, esta quinta-feira, pelo Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (MASFAMU), indica que a participação de mulheres é de 17 mil (36 por cento) contra 30 mil 509 (64 por cento), num universo de 47.510 inquiridas.
Apesar de serem melhor qualificadas com o ensino superior em maior percentagem em relação ao sexo masculino, as mulheres têm menos oportunidades no mercado de trabalho.
Os dados indicam ainda que a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é quase inexistente, com uma cifra de 308, o que corresponde a 0,6 por cento.
O estudo desenvolvido no período de Setembro de 2019 a Junho de 2020 visa levar ao conhecimento público os níveis de participação e inclusão das mulheres e pessoas com deficiência nas estruturas do Executivo, empresas públicas e sector privado.
O estudo, que abrangeu 127 instituições, 28 órgãos tutelados e 19 sectores socioprofissionais, revela que, em relação aos cargos de gestão, os homens lideram com 71 por cento contra 48 das mulheres.
A propósito, a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Faustina Alves, considera necessário melhorar, para o alcance da paridade de género e o desenvolvimento de sociedades inteligentes e inclusivas.
Falando na abertura de uma mesa redonda, a governante apontou que a igualdade entre homens e mulheres está consagrado na constituição da República de Angola e deve constituir uma prioridade em todos os níveis e esferas sociais para o alcance dos objectivos na redução dos índices de pobreza e das desigualdades no país.
A governante acrescentou que a existência de uma política nacional para a igualdade e equidade de género estabelece uma visão clara e um quadro orientador para a adopção e adequação de procedimentos que assegurem a igualdade de direitos e oportunidades para homens e mulheres.
Faustina Alves salientou que, com o projecto “mais inclusão”, o MASFAMU dá a sua contribuição para enfrentar o défice de dados estatísticos e para que os seus resultados possam ser utilizados na diminuição de barreiras existentes.
A ministra realçou que este projecto permitiu, numa primeira fase, alcançar resultados dos quais não se alegram, mas que demonstram que se está no bom caminho e muito por percorrer para o alcance dos objectivos.
No final, houve outorga de certificados de méritos às instituições com maior inclusão de mulheres e pessoas com deficiência.
Angop