O Ministério da Saúde (MINSA) prevê, para breve, um concurso público para admitir novos quadros ao sector, com vista a reactivar os serviços inoperantes em várias unidades hospitalares do país.
Recentemente, o Governo anunciou, para este ano, a realização de um concurso público para o enquadramento de 25 mil profissionais da saúde, com a entrada em funcionamento das infra-estruturas construídas no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).
A ministra Sílvia Lutukuta, que falava à Angop após o acto de lançamento da primeira pedra para a reabilitação e ampliação do Hospital Municipal do Luau, sem avançar a data concreta para a realização do concurso, afirmou que o sector está empenhado em admitir novos quadros para colmar o défice existente em muitas áreas hospitalares do país.
Nos concursos públicos de 2018 e de 2019 foram admitidos 26 mil e 90 profissionais, entre os quais dois mil e 945 médicos, número que a ministra considera ainda insuficiente, tendo em conta as necessidades do país.
Sílvia Lutucuta avançou que está em curso, em todo o país, um programa de formação de médicos de especialidade, lançado este ano pelo MINSA, em áreas que garantem os cuidados primários de saúde nos municípios, como medicina familiar, cirurgias, obstetrícia, ortopedia, saúde pública e pediatria, para mitigar a escassez de quadros.
Na província do Moxico, por exemplo, a Angop constatou que os serviços de radiologia (Raio-X), neurocirurgia, imagiologia, neonatologia e cuidados intensivos dos hospitais de referência estão inoperantes por carência de especialistas, podendo serem reactivados em função do enquadramento de novos profissionais.
Dados oficiais apontam para a necessidade de cerca de 28 mil médicos, para atingir-se o rácio recomendado pela Organização Mundial da Saúde (um médico para mil habitantes), sendo que o país conta, actualmente, com apenas oito mil.
A rede sanitária nacional conta com cerca de 100 mil profissionais, para servirem mais de 30 milhões de habitantes.
Com vista a prestar serviços de qualidade e humanizados, o Executivo ergueu hospitais, postos e centros de saúde em Luanda, Lunda Sul, Bié, Uíge, Moxico, entre outros.
O destaque recai para o Hospital Ngola-Kimbanda, Hospital Dr. Walter Strangway, Hospital Geral e da Maternidade da Lunda Sul, o Centro de Hemodiálise Sol, os hospitais municipais de Maquela do Zombo e do Quimbele, o Centro de Saúde da Quilemba e 8 Centros Ortopédicos de Medicina e Reabilitação Física, de um universo de 11 previstos.
Em curso estão obras de construção e apetrechamento do Hospital Geral de Cabinda, o Hospital Sanatório de Luanda, o Hospital Materno-Infantil da Camama, em Luanda, o Instituto Hematológico Pediátrico de Angola e o Instituto de Medicina Forense, vulgo morgue de Luanda.
O Serviço Nacional de Saúde é constituído por perto de duas mil unidades, das quais se destacam oito hospitais centrais, 32 hospitais provinciais ou gerais, 228 hospitais municipais e centros de saúde e 1.453 postos de saúde.
Angop