Depois da uma última enxurrada que afetou 11.745 pessoas, inundou 2.289 residências e vitimou 24 pessoas das quais 9 eram crianças, o Governo Provincial de Luanda corre contra o tempo para evitar uma nova catástrofe. Ontem, sexta-feira (30), o governo liderado por Joana Lina lançou um projeto para a requalificação de duas bacias de retenção no Cazenga, um dos municípios mais afetados na última chuva que caiu sobre Luanda.

Os autos de consignação para a requalificação das bacias de retenção do Mabululu e Tio Quimbundu, nos distritos urbanos 11 de Novembro e Kalawenda, enquadrados no Plano Integrado e Intervenção nos Municípios (PIIM), foram rubricados, nesta sexta-feira, no município do Cazenga, em Luanda.
Os autos de consignação para inicio das obras de requalificação das bacias foram testemunhados pela governadora de Luanda, Joana Lina Ramos.
Para o êxito da empreitada, 68 famílias cadastradas que vivem nas zonas adjacentes estão a ser realojadas paulatinamente na Centralidade do Kalawenda.
O transbordo das bacias tem causado inundações das casas construídas nos arredores, situação que poderá chegar ao fim com a requalificação das mesmas e criar novos empregos com o desenvolvimento de projectos ligados a produção de peixe, principalmente na bacia do Tio Quimbundu.
No distrito urbano do 11 de Novembro, o projecto de requalificação da Bacia do Mabululu, tem uma dimensão de 12 mil metros quadrados, ficou orçada em mais de 360 milhões de Kwanzas e tem o prazo de cinco meses.
O bombeamento das águas será feito para a Avenida Ngola Kiluanje com a instalação de uma casa de maquinas com uma bomba de capacidade de 150 metros cúbicos por hora, nas áreas externas será criada uma captação da água de chuva para um tanque.
A bacia terá cinco metros de profundidade, vedação metálica com 2.5 metros de altura para impedir o acesso das pessoas e serão usadas rochas ornamentais ao invés de betão.
A requalificação da Bacia do Tio Quimbundu, distrito urbano do Kalawenda, orçado em mais de 530 milhões de Kwanzas tem o prazo de execução de cinco (5) meses, possui 10 mil e 200 metros quadrados, com profundidade de até três metros, uma vedação metálica de 3.5 metros de proteção para impedir o acesso a população.
Será ainda feito um reaproveitamento dos espaços verdes ao redor da bacia com campos multiusos para a prática desportiva, ginásio ao ar livre, bem como um local de sustentabilidade para a criação de peixe.
A evacuação das águas residuais será feita por gravidade, numa extensão de mil e 200 metros, já que existe a macro drenagem no Kalawenda.