A ideia da realização de uma Assembleia Geral Extraordinária na Federação Angolana de Futebol (FAF) foi rejeitada nesta segunda-feira, em Luanda, pelo presidente da mesa da Assembleia da instituição, Mota Liz.
A Federação vive um impasse após o Tribunal Provincial de Luanda ter considerado, em Janeiro último, procedente a providência cautelar intentada pelo candidato Norberto de Castro, na sequência do seu afastamento da lista de concorrentes à presidência da FAF para o quadriénio 2020-2024, pela Comissão Eleitoral.
A propósito da situação, 13 associações provinciais solicitaram a realização do encontro magno enquanto se aguarda pela realização de novas eleições, ao que Mota Liz esclarece ser a resolução do caso de estrita responsabilidade do Tribunal da capital.
Segundo o jurista, a lei estabelece que só se convoca uma Assembleia Geral Extraordinária após um pleito eleitoral se o mesmo for considerado nulo por um Tribunal, mas o que aconteceu foi apenas uma suspensão da tomada de posse na base de uma providência cautelar.
Afirmou que resta aos associados pedirem celeridade ao Tribunal Provincial de Luanda, visando a decisão final.
As eleições no órgão reitor da modalidade, realizadas em Dezembro de 2020, terminaram com a recondução de Artur Almeida e Silva (lista B com 70 votos). Bateu na concorrência Nando Jordão (lista A com 59 votos), Tony Estraga (lista C com 28) e José Macaia (lista D com 8).
Alguns dias depois foi suspenso o acto de tomada de posse pelo tribunal devido a uma denúncia em resposta feita pelo candidato excluído do pleito pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Norberto de Castro.
O antigo membro do actual elenco alega, entre outros, terem participado do acto alguns clubes sem direito a voto.