O ministério da Saúde anunciou o restabelecimento do fornecimento de oxigénio ao Hospital Josina Machel, 1 um dia depois do Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, ter anunciado o envio por parte de Angola de um cargueiro militar com um tanque de oxigénio para ajudar os pacientes internados em Moçambique com necessidade de apoio respiratório, quando uma das principais unidades hospitalares da capital estava já há duas semanas sem oxigénio, pondo centenas de pacientes em risco, principalmente as crianças.

Hoje, uma equipa do Ministério da Saúde, composta pela ministra Sílvia Lutucuta e o secretário de Estado para a Área Hospitalar, Leonardo Inocêncio, visitaram o Hospital Josina Machel e no final da visita, Leonardo Inocêncio disse à imprensa que o problema do oxigénio estava resolvido.
No seu comunicado o governo fala em 5 dias de avaria, mas fontes contactadas pelo Novo Jornal no Hospital Josina Machel e no Hospital do Prenda onde os pacientes estavam a ser transferidos falaram que o hospital estava há duas semanas sem oxigénio.
Miraculosamente, após a visita da ministra e do seu secretário de Estado, o problema ficou resolvido.
Isso leva-nos a questionar se a situação foi realmente resolvida, ou se é simplesmente uma campanha de relações pública para salvar a imagem do Presidente João Lourenço? E se foi realmente resolvida, porque só agora, depois de duas semanas?
Felizmente durante a avaria, não houve nenhum óbito, informação avançada ontem pelo Novo Jornal e confirmada hoje pelo secretário de Estado para Área Hospitalar, Leonardo Inocêncio.
“Doentes que careciam de serem submetidos a intervenções cirúrgicas tiveram que ser transferidos para o Hospital do Prenda”, disse Leonardo Inocêncio.