Segunda-feira, 30 de Junho, 2025

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Governo processa Isabel por participação na Galp avaliada em 500 milhões de dólares

O governo angolano abriu uma ação judicial no tribunal de apelação de Amesterdão para apreender cerca de 500 milhões de dólares de participação que a empresária Isabel dos Santos tem na petrolífera portuguesa Galp, noticiou a Reuters.

Em causa está a Exem, uma empresa detida por Isabel dos Santos e o seu falecido marido Sindika Dokolo. A Exem detém 40% da Esperaza e a Sonangol os restantes 60%. Por sua vez, a Esperaza detém 45% do capital da Amorim Energia, holding que tem uma posição de 33,34% na petrolífera portuguesa. Indiretamente, o Estado angolano e Isabel dos Santos controlam 15% da Galp, que está avaliada em mais de mil milhões de dólares. 

Agora o governo angolano quer meter a mão na participação de Isabel dos Santos na Galp que está avaliada em mais de 500 milhões de dólares.

Os advogados da Sonangol, citados pela Reuters, argumentam que a participação da Exem foi adquirida por meio de peculato e lavagem de dinheiro, e que a venda de 40% da Esperaza à Exem não fazia sentido comercialmente para o país e foi feita apenas para enriquecer a família do antigo presidente.

“O governo alega ainda que altos funcionários do ex-presidente José Eduardo dos Santos aproveitaram os altos preços do petróleo na última década para criar uma rede global de negócios que levou ao seu enriquecimento pessoal à custa do país”, revelou a Reuters.

“Isabel dos Santos nega qualquer ligação com a Exem, alegando pertencer ao seu falecido marido, rejeita as acusações de irregularidades e diz que enfrenta uma caça às bruxas por parte da nova liderança de Angola”, escreve revela a Reuters.

A ação judicial da Sonangol deve ser ouvida na última semana de maio no tribunal de apelação de Amesterdão, disse o advogado da Sonangol Emmanuel Gaillard, do escritório de advocacia Shearman & Sterling, citado pela Reuters.

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