O Porto do Lobito, na província de Benguela, facturou este ano 10 mil milhões e 500 mil kwanzas (AKz), contra os 12 mil milhões de 2019, anunciou nesta quarta-feira o presidente do seu Conselho de Administração, Celso Rosas.
Durante a leitura do balanço anual, o PCA adiantou que as receitas deste ano resultaram da movimentação de 930 mil e 440 toneladas de carga importada e 80 mil e 305 toneladas de carga exportada, em 325 navios.
“A pandemia da covid-19 causou um impacto brutal sobre os resultados das operações da nossa empresa, devido à redução da demanda de navios”, lamentou.
Entretanto, Celso Rosas fez questão de discriminar algumas acções de realce realizadas ao longo do ano que está a terminar, como a apresentação do seu relatório de balanço de contas de 2019, sem nenhuma inconformidade.
Segundo o gestor, o Porto deve aos seus clientes uma quantia estimada em AKz 11 mil milhões e 500 mil e está a empreender grande esforço financeiro para liquidar a dívida.Por outro lado, os seus clientes devem a empresa AKz 17 mil milhões e 879 mil, uma situação que está a ser negociada e vislumbra-se solução para o problema, de acordo com o PCA.
“Melhoramos a nossa relação com o Caminho de Ferro de Benguela e com a Administração Geral Tributária, o que nos permitiu desenvolver pacotes comerciais mais atractivos com vista à promoção de mais negócios de transportação, importação, sobretudo de minérios do Corredor do Lobito.
Disse ainda que a empresa recuperou algumas infra-estruturas como o pavilhão da Casa do Pessoal e o campo agrícola com objectivo de transformá-las em unidades de negócios com fins lucrativos, que deverão evoluir para sua auto-sustentabilidade.
Sobre os desafios para o próximo ano, Celso Rosas disse que o Conselho de Administração está a trabalhar com o empreiteiro do condomínio “José Carlos Gomes”, no bairro da Luz, com objectivo de entregar os respectivo apartamentos no primeiro semestre de 2021.
A obra foi consignada à empresa MNR Investimentos Lda, que construiu 15 edifícios com 120 apartamentos do tipo T3.
“Neste momento, o condomínio já tem energia e água corrente. Faltam pequenas coisas por fazer, que já estão bem avançadas como a conclusão da rede esgotos e ligá-la às condutas da cidade”, enfatizou.