A nova nota de cinco mil kwanzas, da Série 2020, entra em circulação a 1 de Janeiro de 2021, como a quinta nota a ser lançada pelo Banco Nacional de Angola ( BNA), num processo gradativo, iniciado em Julho, soube hoje a Angop.
A decisão acontece, depois da disponibilização, de forma progressiva, da nova nota de 200 em Julho, 500 ( Setembro), 1.000 (Outubro) e de 2.000 kwanzas em Novembro, de acordo com a Lei n.º 7/20, de 30 de Março, que autoriza a emissão e colocação em circulação pelo Banco Central.
Com substratos de polímero (plástico), excepto a de 5.000, que continua a ser de papel (algodão), todas notas ilustram imagens de maravilhas naturais de Angola e do primeiro presidente de Angola, António Agostinho Neto.
Nesta operação de emissão de novas notas, o BNA gastou USD 30 milhões, igual valor necessário para o saneamento (substituição) das notas em circulação no país.
Com cor predominante violeta, a nova nota de 5.000 kwanzas, além da figura do “fundador da Nação”, traz no seu reverso a imagem do Nkulumbibi, ruínas da antiga Categral de Mbanza Kongo (Zaire), património da humanidade.
À semelhança de outras notas já em circulação, a nova nota de 5.000 também traz na íntegra a letra do Hino Nacional de Angola, em micro texto, entre outras características de segurança.
Com o lançamento desta nota, o Banco Nacional de Angola cumpre assim com o calendário da disponibilização das novas notas de Kwanzas da série 2020. Assim, no mercado angolano coabitam notas de 200, de 500, de 1.000, de 2.000 e de 5.000 kwanzas, todas da série 2012 e igual valor facial da série 2020.
Apesar de estar em circulação a Nova Família do Kwanza – Série 2020, as da série 2012 valem, obedecendo o calendário de retirada oficial. As notas de 2012 estarão em circulação até 31 de Dezembro de 2021.
A partir de 1 de Janeiro de 2022, as notas da série de 2012 deixam de ser aceites.
De 1 de Janeiro a 30 de Junho as mesmas valem só em depósitos nas contas bancárias. De 1 de Julho de 2022 a 31 de Dezembro de 2026, elas poderão ser trocadas, mas só no Banco Nacional de Angola e suas delegações regionais.
O que já circulou?
A primeira unidade monetária nacional, denominada Kwanza (AOK), foi criada pela Lei nº 71-A/76 de 11 de Novembro (Lei da Moeda Nacional), em substituição do escudo colonial.
Em 1977 foram emitidas pelo BNA as primeiras cédulas, dando início à troca da moeda em todo o território nacional, em que 1 Kwanza equivalia a 1 escudo angolano.
Na altura, foram emitidas notas de valor facial de Kz 1. 000, Kz 500, Kz 100, Kz 50 e Kz 20, além de moedas metálicas no valor de Kz 10, Kz 5, Kz 2 e Kz 1 (sendo 100 Lwei = 1 Kz).
Em 1981, 1984 e 1986 foram adoptadas pequenas alterações, através dos Decretos nº 7/81 de 28 de Janeiro e nº 27/86 de 13 de Dezembro, para garantir maior segurança da moeda e combater as falsificações que foram introduzidas no mercado.
Quando o preço do petróleo caiu de 30 USD para 13 USD/barril em 1986, fez-se sentir mais fortemente a sobrevalorização da moeda nacional, que tinha uma taxa de câmbio fixa de 30,214 Kwanzas por dólar americano.
Em 1990, durante o período de transição do modelo socialista de desenvolvimento para a implementação de uma economia de mercado, substituiu-se a moeda actual Kwanza pelo Novo Kwanza (AON).
Neste novo modelo, as moedas metálicas da anterior mantiveram-se e as cédulas antigas do Kwanza, criadas pelos Decretos nº 7/81 de 28 de Janeiro e nº 27/86 de 13 de Dezembro, foram sobre-impressas com os dizeres “Novo Kwanza” para representar a nova moeda, em que as notas de Nkz 1.000 e Nkz 500 aproveitavam as cédulas de igual denominação do Kwanza.
A nota de NKZ 5.000 circulou sob a forma da cédula de Kz 100 com os dizeres “5000 Novos Kwanzas”. O processo de troca de moeda consistiu 5% do numerário entregue e no congelamento de 95% depositado no Banco Central, com a promessa de emissão de títulos de dívida pública.