O líder dissidente da Renamo, Mariano Nhongo, anunciou hoje a suspensão das emboscadas e ataques de viaturas nas estradas e aldeias do centro de Moçambique, para permitir o início, na segunda-feira, de negociações de paz com o governo.
“Eu ordenei a paralisação aos meus militares para não atacarem mais, já parei com a guerra para o povo moçambicano andar livre”, disse à Lusa Mariano Nhongo, em contacto telefónico, ao anunciar a trégua unilateral para colocar fim as hostilidades militares em estradas e aldeias das províncias de Manica e Sofala, centro de Moçambique.
A Junta Militar da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana, maior partido da oposição), liderada por Mariano Nhongo, antigo dirigente de guerrilha, é acusada de protagonizar ataques armados contra civis e forças governamentais em estradas e povoações das províncias de Sofala e Manica, centro de Moçambique, incursões que já provocaram a morte de, pelo menos, 30 pessoas desde agosto do ano passado.