O Produto Interno Bruto da agricultura familiar registou um aumento de quatro por cento, representando um crescimento de 21.899 milhões de kwanzas, indica um relatório da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
O referido crescimento verificou-se no segundo trimestre do ano de 2020, contra os 17.543 milhões de kwanzas no primeiro trimestre do referido ano.
De acordo com um relatório da FAO, apresentado durante o Conselho Consultivo do Ministério da Indústria e Comércio (MindCom), embora o país se debata com a pandemia da covid-19, e a crise financeira internacional, o sector da agricultura familiar tem vindo a desenvolver a 80 por cento em todo território nacional.
UE apoia o sector com 3,5 mil milhões de euros.
No início de Outubro deste ano foi lançado um novo programa de Segurança Alimentar (Frezan) financiado pela União Europeia. No total, serão 3,5 mil milhões de euros investidos até final 2020 na agricultura.
Segundo o relatório, o número de jovens que vivem em zonas agrícolas em Angola também cresceu nos últimos 20 anos.
As estatísticas mostram que existem 57 jovens para cada mil hectares de terras cultiváveis no país. O relatório aponta ainda que durante o ano 2020, os pequenos produtores, representaram, 80% da produção agrícola, e 92% da área cultivada.
Neste caso, mas de 85% da produção agrícola rural são de pequenos agricultores, cultivando uma média de 1.5 hectare por família.
A FAO e Angola têm uma aliança estratégica até 2020 para aumentar a capacidade de pequenos agricultores e pescadores na adaptação ao impacto das mudanças climáticas.
Na mesma senda, o Mecanismo da Sociedade Civil, organismo independente que actua junto da FAO, também publicou um relatório no qual afirma que o direito à alimentação é o direito humano mais violado globalmente nos últimos 14 anos.
O último relatório da FAO revela que a produção agrícola está a aumentar gradualmente, tendo em conta que 54% da população vive em zonas rurais.
