O Papa Francisco reestruturou a unidade de informação financeira e combate ao branqueamento de capitais da Santa Sé na sequência de vários escândalos, incluindo uma investigação interna de corrupção em curso, afirmaram hoje funcionários do Vaticano.
De acordo com o Vaticano, as mudanças envolvem a gestão e a organização da unidade, que passou a chamar-se Autoridade de Supervisão e Informação Financeira, ou ASIF.
Até sábado, era conhecida como AIF, ou Autoridade de Informação Financeira.
O presidente da nova autoridade, Carmelo Barbagallo, um antigo funcionário do banco central italiano disse que as alterações ordenadas por Francisco sob a forma de um novo estatuto iriam reforçar as responsabilidades de supervisão financeira da entidade.
Francisco pretende trazer maior responsabilidade e transparência ao Vaticano, dando continuidade aos esforços do seu predecessor, Bento XVI.
As atividades da ASIF passam a ser divididas em três unidades: vigilância, regras e assuntos jurídicos e informação financeira.
As suas funções incluem “supervisão destinada à prevenção e combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo”, de acordo com o novo estatuto.
Ao assinar o estatuto, o Papa Francisco anunciou as “implementações progressivas dos gabinetes de supervisão em matéria de luta contra o branqueamento, combate ao terrorismo e proliferação das armas de destruição maciça” da Santa Sé.
Os escândalos financeiros têm perseguido o Vaticano durante décadas.
Um dos mais recentes centra-se num negócio imobiliário em Londres envolvendo um investimento de 350 milhões de dólares do Vaticano.
O caso está a ser investigado pelo Vaticano.