Sexta-feira, 27 de Junho, 2025

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Wall Street fecha em alta com otimismo sobre economia e sem receio das eleições

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, com os investidores otimistas com a recuperação da economia nos EUA e no mundo, depois das notícias encorajadoras sobre o desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavirus.

Por outro lado, o receio de uma eleição presidencial com o resultado contestado, que pairou sobre Wall Street no início do mês, por poder trazer mais incerteza ao mercado, não se concretizou, mesmo que Donald Trump não admita a derrota e esteja a contestar a vitória de Joe Biden.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice alargado S&P500 estabeleceu mesmo um recorde no fecho, ao valorizar 1,36%, para os 3.585,15 pontos.

Da mesma forma, o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 1,37%, para as 29.479,81 unidades, e o tecnológico Nasdaq progrediu 1,02%, para as 11.829,29.

No conjunto da semana, o Dow Jones valorizou 4,08% e o S&P500 subiu 2,16%), enquanto que, pelo contrário, o Nasdaq recuou 0,55%.

“Os investidores conheceram vários sobressaltos depois da forte subida de segunda-feira, seguindo a esperança de uma vacina contra o covid-19”, resumiram os analistas da Charles Schwab.

Os laboratórios norte-americano Pfizer e alemão BioNTech asseguraram na segunda-feira que a sua candidata a vacina era “eficaz em 90%” contra a covid-19, segundo os dados preliminares de um ensaio de grande escala, de fase 3, em curso, última etapa antes do pedido de homologação.

“Isto gerou um movimento de rotação para as ações cíclicas (dependentes da conjuntura) e de valor (subvaliadas pelo mercado), em detrimento dos conglomerados com crescimento fulgurante”, acrescentaram aqueles analistas.

Isto explica em concreto o recuo semanal do Nasdaq ou que pilares deste, como Amazon, Facebook, Apple e Alphabet tenham tido uma semana complicada.

Hoje, os investidores relegaram para segundo plano as inquietações com a recrudescência da pandemia, que tinha feito tremer o mercado na quinta-feira.

O número de novos casos de infeções nos EUA não para de subir, excedendo os 134 mil na quinta-feira, dia em que também se registaram 1.703 mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins. No total, os casos nos EUA já superam os 10,5 milhões e as mortes os 242.600.

Entre as ações do dia, a Disney apreciou 2,10%, depois de divulgar uma subida fulgurante do número de assinantes da sua plataforma de transmissão em contínuo Disney+, o que lhe permitiu relegar para plano secundário o prejuízo de 710 milhões de dólares que registou no último trimestre do seu ano fiscal 2020, conforme os resultados que divulgou na quinta-feira à noite.

A sociedade de análise de dados Palantir, que se estreou na bolsa no final de setembro, valorizou 8,37%, depois de apresentar resultados que surpreenderam os investidores pela positiva.

Na frente dos indicadores, a confiança dos consumidores, nos EUA, recuou em novembro pela primeira vez desde julho, segundo a estimativa preliminar da Universidade do Michigan publicada hoje.

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