A Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endima E.P) prevê contribuições do subsector na ordem dos mil milhões 398 milhões e 65 mil dólares norte-americanos, para o Orçamento Geral do Estado (OGE) até 2022, caso atinja a produção de 14 a 20 milhões de quilates/ano.
Falando no Webinar sobre o Sector Diamantífero, Resiliência, Sustentabilidade e Perspectivas Fiscais”, uma iniciativa do Ministério das Finanças, através da sua Delegação na Província da Lunda Sul, o presidente do Conselho de Administração da Endiama, Ganga Júnior, destacou os projectos em projeção que poderão contribuir para o aumento da produção e do valor das receitas acima referidos até 2022.
Em 2018 a contribuição deste subsector no OGE foi de 252,2 milhões e em 2019 cifrou-se em 328,2 milhões de dólares norte-americanos.
A projeção e produção de kimberlito em Angola passou de oito milhões 973 mil e 680 quilates, em 2017, nove milhões 216 mil e 802 quilates, em 2018, nove milhões 86 mil 659 quilates, em 2019 e oito milhões 310 mil previsto até finais deste ano.
Dos mais de oito milhões de quilates produzidos até finais de Setembro, o subsector, que viu reduzido a 20% a sua capacidade de produção devido à Covid-19, registou uma produção na ordem dos cinco milhões 890 mil e 387 quilates de diamantes, dos quais três milhões aproximadamente em stocks.
Os diamantes em stocks estavam em aproximadamente três milhões de quilates, números que foram reduzidos em cerca de dois milhões até as três últimas semanas do mês de Setembro, com à venda de um milhão de quilates.
O encerramento de algumas das principais praças financeiras entre Março a Abril deste ano, destacando-se a Bélgica (Europa) e o mercado da Índia, onde 90% da produção de diamantes de Angola é lapidado, estão na base da elevada quantidade de diamantes em stocks.
Apesar das oscilações na produção e venda no mercado internacional, o sector diamantífero trabalha no sentido de posicionar-se no terceiro maior produtor do mundo de diamantes, depois da Alsora e a De Berres, com uma produção na ordem dos 30 milhões de quilates por ano.
Entre outros esforços em curso, prosseguiu, contactos avançados em termos de negociação foram efectuados para trazer no mercado angolano, em breve, as principais empresas de mineração, a De Beers e a Rio Tinto.
O subsector dos diamantes conta, actualmente, com 25 projectos em projeção de kimberlito (17 secundários e 08 primários) e 13 em produção ( 03 primários e 10 secundários), que em conjunto empregam 11 mil 762 postos de trabalho.
Trabalhos para o aumento dos níveis de produção estão em curso, estando em fase adiantada os projectos do Luaxe, com uma área de exploração de 1.195 quilômetros quadrados (Lunda Sul) , o Lulo com três mil (Lunda Norte), entre outras regiões do país.
Com as antigas e novas minas em projeção, a breve trecho, o sector estima uma produção na ordem dos 14 milhões a 20 milhões de quilates por ano, sendo um dos principais desafios apontados.
Além dos 17 projectos de aluviões controlados, o sector conta com outros nove cuja negociações estão bem avançadas, para as províncias da Lunda Norte, Lunda Sul, Malanje e Bié, que vão contribuir para o aumento da actual capacidade de produção, segundo Ganga Júnior.
A Endiama deixou de exercer as funções de concessionária nacional dos diamantes, no quadro da criação da Agencia Nacional dos Recursos Minerais, aprovada este ano pelo Executivo.
Com a criação da referida agencia, a Endiama centra-se em se tornar na operadora mineira de referência no sector dos diamantes, tendo já elaborado um plano estratégico.
Tornar a empresa numa sociedade anônima bem como a sua privatização no mercado de capitais, desfazer-se dos negócios não nucleares, são entre outros acções em agenda.