O britânico Lewis Hamilton ficou hoje a 19 pontos do sétimo título mundial de Fórmula 1, depois de vencer o Grande Prémio da Emília Romagna, em Ímola (Itália), assegurando o sétimo título consecutivo de construtores para a Mercedes.
Hamilton concluiu as 63 voltas ao traçado Enzo e Dino Ferrari em 1:28.32,430 horas, deixando o finlandês Valtteri Bottas, seu companheiro de equipa, segundo, a 5,783 segundos. O australiano Daniel Ricciardo (Renault) foi terceiro, a 14,320 segundos do vencedor.
A ‘dobradinha’ valeu o sétimo título consecutivo à marca germânica, mais um do que a Ferrari conseguiu no início dos anos 2000, com o alemão Michael Schumacher.
Dentro de duas semanas, Hamilton pode igualar outro recorde do alemão, caso termine numa das duas primeiras posições do Grande Prémio da Turquia.
O triunfo de hoje parecia improvável, quando, na primeira volta, Hamilton se deixou ultrapassar pelo holandês Max Verstappen (Red Bull) na chicane Tamburello, no mesmo local onde, em 1994, o brasileiro Ayrton Senna sofreu o despiste que lhe causou a morte.
Com Bottas a escapar-se na liderança e Verstappen em segundo no primeiro terço da corrida, parecia que o recorde de vitórias do britânico seria interrompido.
Mas a estratégia de paragens nas boxes favoreceu Hamilton. Verstappen foi o primeiro dos da frente a parar, para trocar de pneus macios para duros. Bottas parou pela volta 20 e manteve a liderança, enquanto o campeão mundial aguentou até à volta 30 em pista, aproveitando o caminho livre para recuperar terreno com voltas rápidas.
A estrelinha de campeão de Hamilton brilhou quando, na volta 30, a avaria no Renault do francês Esteban Ocon levou a direção de corrida a decretar o ‘safety car’ virtual.
Isso permitiu a Hamilton ir às boxes trocar de pneus sem perder muito tempo para a concorrência, saindo das boxes na liderança e com quatro segundos de vantagem.
Bottas debatia-se com problemas no fundo plano do seu carro e, após duas incursões pela gravilha, perdeu mesmo o segundo posto para Verstappen.
No entanto, o holandês viria a abandonar na volta 51 devido a despiste provocado por um furo no pneu traseiro direito.
No final, o campeão em título disse que “não há garantias” de que continue na Fórmula 1 no próximo ano, numa altura em que negoceia a renovação de contrato com a Mercedes.
“Gostaria de estar cá no próximo ano, mas não há garantia de que isso aconteça”, frisou o britânico, que confessou, ainda, haver “muitas coisas” que o seduzem na vida fora das corridas, pelo que “só o tempo dirá” qual será o seu futuro.
Para já, ficou com 282 pontos, mais 85 do que Bottas, que é segundo.
Na Turquia, basta a Hamilton terminar numa das duas primeiras posições para igualar Schumacher, independentemente do que faça o finlandês.
Entre os construtores, a Mercedes, com 479 pontos (mais 253 do que a Red Bull), assegurou o sétimo título consecutivo.
Com este sétimo título, a marca germânica empatou com a Lotus (venceu em 1963, 1965, 1968, 1970, 1972, 1973 e 1978). McLaren (8) e Williams (9) estão logo a seguir, antes da Ferrari, que soma 16 títulos.