A directora do gabinete provincial da Acção Social, Família e Igualdade de Gênero do Governo do Huambo, Fátima Cawewe, admitiu hoje, segunda-feira, nesta cidade, que a situação da mulher rural na província ainda não é das melhores e continua aquém do desejado.
A responsável, que falava à imprensa no final da video conferência nacional sobre “A voz da mulher rural”, referiu que esta franja da sociedade na província enfrenta ainda inúmeras dificuldades, que têm condicionado o seu desenvolvimento e emponderamento.
Entre as dificuldades, apontou o débil acesso desta classe à água, educação, registo e obtenção do bilhete de identidade, para além da falta de fertilizantes e demais instrumentos de trabalho para desenvolver com êxito a actividade agricola, enquanto principal fonte de sustento nas zonas ruais e potencial meio para o seu desenvolvimento sócio-económico.
Por esta razão, explicou que as mulheres na região permanecem desproporcionalmente afectadas pela pobreza, discriminação e exploração, fazendo com que os níveis de desenvolvimento nas zonas rurais continuem, cada vez mais reduzidos.
Todavia, afirmou que o governo da província está ciente desta realidade e que, para o efeito, tem gizado várias políticas para mudar a situação, mas que as dificuldades financeiras que o país enfrenta, aliadas aos efeitos negativos da covid-19, têm comprometido o alcance dos objectivos desejados.
Já a governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, reafirmou o compromisso do governo de continuar a envidar esforços para melhorar a situação da mulher rural na região.
Informou que a solução passará na busca de estratégias junto dos parceiros sociais, através da prestação de apoio que permita a esta classe da sociedade gerar negócios para o sustento das suas famílias.
Nesta conformidade, anunciou estar a ser elaborado um projecto, em parceria com as instituições bancárias de concessão de créditos, para os agricultores familiares.
Noutra parte da sua locução, fez saber do bom andamento das obras de reabilitação das vias secundárias e terciárias, para facilitar a circulação de pessoas e bens e criar oportunidades para o desenvolvimento das comunidades rurais e da mulher em particular.
A video-confeência “A voz da mulher rural”, enquadra-se nas comemorações alusivas ao dia da mulher rural a assinalar-se no próximo dia 15, sob o lema “Emponderamento da mulher no meio rural é promover o desenvolvimento local e direvisifcação da economia”.
O Dia da Mulher Rural foi instituído a 15 de Outubro de 1995 pelas Nações Unidas, na sua 4ª Conferência Sobre a Mulher, realizada em Beijing, com o objectivo de elevar a consciência mundial sobre o papel da mulher rural no fortalecimento da sociedade, da economia no geral, e das famílias em particular.
