Sábado, 28 de Junho, 2025

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Ministério da Energia e Águas avalia projecto AH Baynes

O Ministério da Energia e Águas (MINEA) avaliou, na terça-feira, o grau de implementação e execução das acções do projecto do Aproveitamento Hidroeléctrico Baynes, na província do Cunene.

O projecto AH Baynes situa-se no rio Cunene, no trecho internacional fronteiriço com a República da Namíbia, a cerca de 48 quilómetros a jusante das quedas de Epupa, local em que o rio atravessa o desfiladeiro de Baynes.

A sua localização é o resultado de uma série de estudos de viabilidade técnico-económica e de impacto ambiental que se iniciaram em 1990, com a criação da Comissão Técnica Permanente Conjunta (CTPC) Angola/Namíbia e culminaram com a aprovação, em 2014, das recomendações constantes no relatório final de um estudo realizado pelo Consórcio Cunene (CC), formado pelas empresas brasileiras Odebrecht, Engevix, Eletrobrás e Furnas.

O AHE Baynes será constituído por uma barragem de enrocamento com face de betão, com uma unidade de aproveitamento composta por um canal de adução, tomadas de águas, condutas forçadas, central eléctrica e cabal de fuga, na margem esquerda do rio (Namíbia), e a albufeira construída de modo a atingir um nível máximo correspondente à cota 580 m com uma área de alargamento, equivalente a 58,15 km2 no nível pleno de armazenamento.

Prevê, igualmente, uma central de geração com cinco turbinas do tipo Francis, de eixo vertical, com uma potência de 600 MW, potência média de 184 MW, geração média anual de 1650 GWh e eficiência turbina/gerador de 92,5%.

Com um prazo de execução de sete anos, o AH Baynes inclui ainda um caudal ecológico mínimo de 50 m3/s.

A sua construção está avaliada em USD 1,3 mil milhões.

Em uma nota enviada à ANGOP, o MINEA indica ainda que durante o 3º Conselho Directivo, os seus membros apreciaram, entre outros assuntos, a execução do Programa Água para Todos, referente ao período de 2019, destinado às zonas rurais.

Conforme o documento, até 31 de Dezembro de 2019, o programa teve uma execução de cerca de 80% contra os 55% verificados em 2018.

A propósito, adianta, foram concluídas obras que permitiram servir 125.070 habitantes, em resultado da construção de 79 pontos de água e 57 pequenos sistemas de abastecimento, conduzindo a uma taxa de cobertura de 70,27% (aumento de 1,5% face ao ano de 2018).

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