Trezentos e quarenta e cinco mil e 685 casos de malária foram registados no primeiro semestre de 2020, na província de Benguela, contra os 367.017 de igual período de 2019, informou hoje, quarta-feira, o coordenador do Programa Provincial de Combate à doença, Manuel Cassiano.
Segundo o responsável, que falava à Angop, a enfermidade provocou 375 óbitos no período em referência do corrente ano, contra 352 em igual período de 2019.
Os municípios do Lobito, com 66.075 casos e 50 óbitos, Benguela, com 42.280 e 26 óbitos, registam maior incidência da doença, enquanto o Balombo, com 17.388 casos e 12 óbitos, e o Cubal, com 19.680 casos e 4 óbitos, registam menor prevalência, adiantou.
Manuel Cassiano referiu que a causa principal da doença na província continua a ser debilidade no saneamento do meio, pois, ainda persistem vários locais que facilitam a reprodução dos mosquitos.
“Estamos a trabalhar na sensibilização das comunidades para a redução dos focos de multiplicação dos mosquitos, como charcos de água, lagoas ou amontoados de lixo”, disse, visando a redução paulatina de casos de malária.
Na mesma senda, reforçou, o sector tem apostado no reforço do combate da malária simples nas comunidades.
O coordenador salienta que a malária continua a ser uma das principais causas de morte de crianças, que ocorrem sobretudo devido a chegada tardia dos doentes às unidades sanitárias.
“Muitos cidadãos ainda não têm o hábito de acorrer aos postos ou centros médicos tão logo surjam os primeiros sintomas da enfermidade. Aparecem nas unidades sanitárias já com a doença em estado avançado e com inúmeras complicações”, relatou.
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles.
Os sintomas mais comuns são febre, fadiga, vómitos e dores de cabeça. Em casos mais graves pode causar icterícia, convulsões, coma ou morte.