O Grupo Europa reuniu-se hoje com o primeiro-ministro guineense, Nuno Nabiam, para “sensibilizar” as autoridades do país a apostarem na economia ecológica para fazer face aos impactos negativos da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
“A delegação, chefiada pela embaixada da União Europeia na Guiné-Bissau, Sónia Neto, veio sensibilizar o Governo sobre a necessidade de se apostar na economia ecológica para ajudar o país a enfrentar e debelar os impactos da covid-19”, escreveu o primeiro-ministro guineense, numa mensagem na rede social Facebook.
Segundo Nuno Gomes Nabiam, no encontro foi reiterado o “firme e inabalável compromisso da União Europeia com o processo de diálogo político em curso e reforço da cooperação entre Bissau e Bruxelas”.
“Ouvimos com bastante agrado a total abertura da equipa da União Europeia em reforçar ainda mais os laços de amizade e de cooperação com o nosso país, bem como a disponibilidade em apoiar os esforços dos guineenses rumo a um almejado desenvolvimento económico sustentável”, salienta Nuno Gomes Nabiam.
A União Europeia, juntamente com os seus Estados-membros, é o maior parceiro multilateral de cooperação da Guiné-Bissau.
O Grupo Europa, inclui, além da embaixadora Sónia Neto, o embaixador de Portugal, José Rui Caroço, o embaixador de França, Terence Wills, e o embaixador de Espanha, Juan Urdiales.
“O que nos traz hoje aqui é uma diligência em nome da União Europeia e dos Estados-membros, a qual tem o intuito de apelar e sensibilizar o primeiro-ministro para uma recuperação ecológica da economia guineense na sequência da crise gerada pela pandemia”, afirmou à imprensa no final do encontro a embaixadora da União Europeia.
Sónia Neto destacou também que a sua “missão no país é a de desenvolver todos os esforços no sentido de estreitar as boas e harmoniosas relações que existem entre a União Europeia e a República da Guiné-Bissau”.
Segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Alto Comissariado para a Covid-19, a Guiné-Bissau registou na última semana 38 novos casos positivos, elevando o total acumulado para 2.362.
A pandemia provocada pelo novo coronavírus está a ter um grande impacto económico na Guiné-Bissau, esperando-se para este ano um desaceleração de 1,3% no crescimento económico, segundo o Fundo Monetário Internacional, que previa para este ano um crescimento de cerca de 5,5% .