Membros do Conselho Económico e Social, empossados hoje pelo Presidente angolano, enalteceram a criação do órgão considerando que o mesmo será um “espaço privilegiado de influência de políticas públicas” e onde João Lourenço terá “melhor informação para decidir”.
“Isso pode ser considerado um passo, num bom caminho, este conselho tem um conjunto de pessoas que pensam pela própria cabeça e que dizem aquilo que pensam, e é isso que espero que os conselheiros façam e que eu pessoalmente vou fazer junto do Presidente”, afirmou o economista Carlos Rosado de Carvalho.
Para o também jornalista, um dos 46 membros que compõem o Conselho Económico e Social, criado recentemente pelo Presidente, o chefe de Estado angolano não vai ter de fazer aquilo que os conselheiros disserem.
“Não vamos dizer aquilo que o Presidente quer ouvir, mas vamos dizer aquilo que pensamos e dar um contributo e, no caso de economistas, tenho a certeza de que o Presidente da República vai ter melhor informação para decidir”, acrescentou.
Já Delma Monteiro, diretora executiva da Associação Observatório de Políticas Públicas da Perspetiva do Género (Assoge) angolana, também hoje empossada, considera o conselho como um “espaço privilegiado de influência de políticas públicas”.
“Queremos acreditar que poderemos dar um contributo real para que as políticas públicas tragam melhorias palpáveis na vida das mulheres economicamente vulneráveis do país”, adiantou.
A defensora dos direitos da mulher “zungueira”(vendedoras ambulantes), afirmou também que a Assoge, que defende maior inclusão social, constata que “vários programas aprovados ao longo do tempo acabaram sendo excludentes à mulher ‘zungueira'”.
Por seu lado, a economista e docente universitária Laurinda Hoyggard assinalou igualmente a importância do Conselho Económico e Social, composto por várias sensibilidades da sociedade civil angolana, para o país.
“Trata-se da intenção de enriquecer os contributos para que cada vez tenhamos uma vida melhor para o nosso país e todas as pessoas”, disse.
João Lourenço conferiu hoje posse aos membros do conselho e na sua intervenção declarou contar com o saber e a experiência das personalidades que integram o órgão para encontrar “as melhores saídas” da situação difícil em que o país se encontra.
“Juntos descobriremos as oportunidades que se escondem por detrás do que aparenta só serem dificuldades, descobriremos juntos as formas de criar riqueza e acabar com a pobreza”, sublinhou o Presidente angolano.
Os membros do Conselho Económico e Social de Angola terão um mandato de dois anos.