A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, apelou, esta quarta-feira, em Luanda, aos profissionais de saúde ao contínuo trabalho inclusivo e harmonioso com os demais sectores da sociedade, em particular com os órgãos de defesa e segurança nacional, por serem os “braços directos” da classe médica.
A ministra, que falava a sessão de actualização de dados, considera os profissionais da saúde como “verdadeiros guerreiros” e técnicos da linha da frente, que têm prestado um serviço exemplar, principalmente nessa altura do combate à covid-19.
“Temos que continuar a trabalhar de forma inclusiva e colaborativa com todos os sectores da sociedade, particularmente com os órgãos de defesa e segurança, que estão connosco em todos os momentos, entre bons e maus, constituindo-se como nossos braços directos”, apelou.
Conforme a ministra, continua a contar com apoio dos jornalistas como promotores número um da saúde, ajudando a propagar informações correctas sobre a prevenção e combate à covid-19.
Reiterou que o combate ao novo coronavírus é uma luta de todos, razão pela qual é necessário que cada cidadão faça a sua parte e dê o seu bom exemplo, cumprindo rigorosamente com as medidas de prevenção contra o vírus Sars-Cov-2.
Na ocasião, a também porta-voz da Comissão Multissectorial para o Combate à Covid-19, reforçou o apelo para os cidadãos continuarem a usar correctamente a máscara facial em locais públicos e meios de transportes de passageiros, com vista a diminuir o risco das pessoas serem contaminadas pela covid-19 no país.
Ao falar sobre o comportamento de alguns cidadãos (vendedores, taxistas e passageiros) que desobedeceram o uso correcto da máscara, nas últimas 24 horas, por mal interpretação das novas medidas de protecção que começaram a vigorar esta quarta-feira, a ministra lembrou que a covid-19 ainda está em Angola e o país continua a registar um número elevado de novas infecções diariamente.
Por essa razão, adiantou, cada cidadão deve ser responsável pelo bem-estar de todas famílias, cumprindo rigorosamente as medidas de protecção individual e colectiva.
“A covid-19 ainda não desapareceu em Angola e estamos numa fase em que o número de casos continua a aumentar todos os dias, por isso cada um de nós deve ser responsável pelo bem-estar de todos cidadãos”, alertou.
Recordou que o uso da máscara facial ainda continua a ser fundamental na protecção individual e colectiva das pessoas, por permitir tapar duas portas de entrada (boca e nariz) do vírus Sars-Cov-2.
Por conta disso, Sílvia Lutucuta apela todos cidadãos, em particular as vendedoras dos mercados informais, a fazerem o uso correcto da máscara, cubrindo o nariz e a boca.
“Precisamos de ter saúde, para continuarmos a vender nos mercados e levar o sustento para as nossas famílias. Para tal é necessário nos protegermos da covid-19, por ser uma doença muito grave e pode causar a morte de muitas famílias”, apelou.
Aos taxistas e passageiros, a ministra apela também ao contínuo cumprimento das medidas de protecção, especialmente o uso da máscara facial, a higienização das mãos e manter o distanciamento físico entre as pessoas.
Segundo Sílvia Lutucuta, a máscara facial também deve continuar a ser usada nos recintos fechados, visto que a maior parte dos infectados em Angola são assintomáticos e “qualquer pessoa que estiver ao nosso lado pode ser um caso suspeito de covid-19”.
Com a confirmação de 59 novos infectados, 30 recuperados e duas mortes, Angola soma um total de 3.092 casos positivos, 126 óbitos, 1.245 recuperados e 1.716 activos.
Dos activos, três estão críticos com ventilação mecânica invasiva, 24 graves, 46 moderados, 48 apresentam sintomas leves e 1.600 assintomáticos.