Um adolescente de 16 anos de idade foi encontrado morto e soterrado, nesta terça-feira, numa área de exploração ilegal de ouro, na aldeia da Chivela, município do Chipindo, província da Huíla.
A informação foi avançada hoje, quarta-feira, na cidade do Lubango, pelo porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB) da Huíla, Inocêncio Hungulo, tendo precisado que a vítima é natural da província do Huambo e encontrava-se na aldeia da Chivela a trabalhar na extracção de ouro.
Fez saber que o corpo do adolescente foi achado numa zona proibida para o garimpo de ouro, embora muita pessoas insistem em garimpar ilegalmente naquela área.
Disse que o processo de resgate do cadáver durou cerca de duas horas, uma vez que o corpo da vítima estava localizado numa zona profunda e de difícil acesso.
Desencorajou os cidadãos a deixarem a prática de exploração de ouro na aldeia de Chivela, por ser actividade ilegal e que coloca em risco as suas vidas.
Trata-se do primeiro caso de morte por soterramento em zonas de exploração ilegal de ouro este ano, na província da Huíla. Em 2019, quinze pessoas faleceram nas mesmas circunstâncias.
A Polícia Nacional, só este ano, prendeu pelo menos 80 cidadãos por envolvimento no garimpo ilegal de ouro na província da Huíla.
Com uma superfície territorial de três mil e 898 quilómetros quadrados, o município de Chipindo, está situado a 456 quilómetros da cidade do Lubango, capital da província da Huíla, e tem uma população estimada em 77 mil e 670 habitantes.