Sábado, 28 de Junho, 2025

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Problemas sociais e económicos levam crianças ao trabalho forçado

A vice-governadora para o sector Politico, Económico e Social no Namibe, Maisa Tavares, apontou hoje, nesta cidade, os problemas sociais e económicos como sendo os principais motivos para a realização de trabalhos forçados por milhares de crianças, que futuramente poderão ver prejudicada a sua saúde física e mental.

A governante, que falava na abertura do seminário de reflexão sobre a revitalização da rede de protecção e promoção dos direitos da criança, que teve lugar hoje, nesta cidade, salientou que esses direitos estão a ser violados a partir dos seus progenitores e não só, obrigando-os a trabalhos forçados para que no final tenham um rendimento económico para o sustento da própria família.

Estes problemas que afectam a criança, segundo ainda Maisa Tavares, têm obrigado o executivo a criar politicas que visam o combate ao trabalho infantil, a delinquência juvenil, prostituição infantil, tráfico de drogas e consumo de álcool por menores, com a realização de campanhas de sensibilização no seio das comunidades, por forma a desencorajar tais práticas, e para que os menores possam crescer sãos e com mentalidades que possam ajudar na sua formação académica.

“Notamos crianças  a  recolherem partículas e restos de pescado para a sua sustentabilidade, outras batendo portas para  mendigarem alimentos para o seu sustento, correndo risco de abusos sexuais praticados pelos adultos. É ai que somos todos chamados a reflectir sobre a protecção dos menores e em conjunto encontrarmos o caminho para salvaguardar os seus direitos”, acrescentou.

O oficial de protecção à criança e desenvolvimento da comunicação da Word Vision, Henrique Calazans, frisou que a sua organização planificou para o semestre em curso a criação de redes de protecção e promoção dos direitos da criança e sua  sustentabilidade.

O projecto contará com a contribuição de académicos, sociólogos, psicólogos e juristas, que irão oferecer trabalhos em prol da defesa dos direitos da criança, ajudando assim na estruturação das famílias.

As autoridades tradicionais, eclesiásticas e fazendeiros terão, segundo o oficial, de cadastrar todas as crianças que vivem na condição de vulneráveis, desamparadas e nas rua, portadoras de deficiências e outras, para que se crie um plano de apoio nas áreas educacional, alimentar e de saúde, garantindo desta forma a sua sustentabilidade.

O seminário teve como objectivo desencadear um processo de reflexão sobre os benefícios e desafios de coordenação no trabalho social, partilhar as experiências e lições apreendidas no funcionamento em rede de diversos actos, visando, sobretudo, a aceleração do processo de reestruturação e fortalecimento dos mecanismos integrados de protecção das famílias e crianças dos diversos níveis provinciais, municipais e local.

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