Quase 45 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar na África Austral

Quase 45 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar no sul de África, motivada pela seca e inundações na região, assim como pela pandemia da covid-19, alertou hoje a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

De acordo com um relatório da SADC, o número de pessoas afetadas nos 13 países da região aumentou 10% em 2020 face aos dados do ano passado.

“As consequências das alterações climáticas (…), os desafios económicos e a pobreza foram exacerbados pelo impacto devastador da covid-19”, assinala o documento, citado pela agência France-Presse.

O documento aponta ainda que as medidas tomadas pelos governos da região para limitar a propagação da covid-19, doença provocada por um novo coronavírus, afetaram seriamente a atividade económica, o emprego e as remessas dos países na África Austral.

“Isto é particularmente visível entre as classes mais pobres das áreas urbanas, que dependem fortemente do setor informal e dos mercados locais para a sua subsistência”, aponta a SADC no relatório.

A organização regional acrescenta que “é provável que o número de pessoas em situação de insegurança alimentar aumente ainda mais”.

A SADC estima que haja cerca de 8,4 milhões de crianças em situação de subnutrição em 2020, das quais 2,3 milhões necessitam de cuidados médicos.

O relatório observa que o encerramento das escolas devido à pandemia, em março, afetou as crianças e jovens que dependiam das refeições escolares para se alimentarem.

De acordo com os dados mais recentes do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), a região da África Austral é a mais afetada no continente, com 471.491 infetados e 7.453 mortos — pertencendo a maioria à África do Sul, que reúne 452.529 casos e 7.067 mortos.

Em África, há 17.767 mortos confirmados em mais de 848 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 650 mil mortos e infetou mais de 16,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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