Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento ilibado por peritos independentes

Um painel de peritos independentes, liderado pela ex-Presidente irlandesa Mary Robinson, ilibou completamente o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, de quaisquer delitos éticos.

Este Painel de Revisão Independente foi criado pelo Bureau de governadores do BAD, na sequência de uma queixa dos Estados Unidos pedindo a revisão do processo, através do qual dois órgãos anteriores do Banco – o Comité de Ética do Conselho de Administração, e o Bureau do Conselho de Governadores — exoneraram Adesina.

Adesina, de 60 anos, eleito em 2015 como líder do BAD, um dos cinco principais bancos multilaterais de desenvolvimento do mundo, foi alvo de uma série de acusações desde o início do ano, divulgadas pela imprensa em abril.

Num relatório detalhado, os denunciantes acusam-no de favoritismo em inúmeras nomeações de altos funcionários, em particular de compatriotas nigerianos, de ter nomeado ou prometido lugares a suspeitos ou condenados por fraude ou corrupção, bem como de lhes ter concedido indemnizações generosas sem os sancionar.

O Painel de Revisão Independente, presidido por Mary Robinson, antiga Presidente da República da Irlanda, que foi Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos e presidente dos Anciãos, um corpo global de sábios preocupados com o bem-estar do mundo, inclui ainda o presidente do Supremo Tribunal da Gâmbia, Hassan B. Jallow, e Leonard F. McCarthy, antigo diretor do Ministério Público, do gabinete de Crimes Económicos Graves e antigo chefe da direção de Operações Especiais da África do Sul, que foi vice-presidente de Integridade do Banco Mundial durante nove anos.

As alegações que foram revistas pelo Comité de Ética do Conselho de Administração do Banco, em março, foram descritas como “frívolas e sem mérito”.

As conclusões e decisões do Comité de Ética foram subsequentemente confirmadas pelo Gabinete do Conselho de Governadores, em maio, que ilibou Adesina de qualquer ato ilícito.

O relatório do Painel de Revisão Independente afirma que “concorda com o Comité (de Ética) nas suas conclusões relativamente a todas as alegações contra o presidente [do BAD] e considera que foram devidamente consideradas e rejeitadas pelo Comité”.

As conclusões do Painel de Revisão Independente são decisivas e abrem agora o caminho para os governadores do Banco reelegerem Adesina para um segundo mandato de cinco anos como presidente, o que deverá acontecer durante as reuniões anuais do BAD, agendadas para 25 e 27 de agosto.

Adesina é um tecnocrata altamente condecorado e distinguido e um economista de desenvolvimento globalmente respeitado. Em 2017 recebeu o prestigioso Prémio Mundial da Alimentação e, em 2019, o Prémio da Paz Sunhak, pela liderança global na agricultura e pela boa governação.

O BAD é o maior banco multilateral e tem um ‘rating’ de triplo A das três maiores agências de rating – Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch –, tendo como acionistas 54 nações africanas e vários países fora do continente, entre os quais está Portugal e, mais recentemente, a Irlanda do Norte, que anunciou há semanas a sua entrada como acionista.

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