O presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC) Gabriele Gravina afirmou nesta segunda-feira que está “preocupado” com a próxima temporada, assegurando que é “impossível” que os atuais protocolos contra o novo coronavírus possam ser aplicados a longo prazo.
“Estou preocupado com a próxima temporada”, disse Gravina à emissora Rai Gr Parlamento.
“As equipes começarão a pré-temporada em breve e estamos atrasados nos novos procedimentos que teremos que seguir”, criticou.
Gravina admitiu que “não se sabe por quanto tempo esse estado de emergência se estenderá” causado pela pandemia da COVID-19, que fez da Itália um dos países mais afetados, com mais de 35.000 mortes.
A crise de saúde forçou a suspensão do Campeonato Italiano em meados de março, retornando apenas em 20 de junho, com jogos sem a presença de público e sujeitando os participantes a medidas sanitárias rigorosas e testes de detecção de vírus.
No domingo, a Juventus foi proclamada campeã da Série A pelo nono ano consecutivo, embora o campeonato ainda tenha mais duas rodadas até 2 de agosto.
“Este protocolo (o atual) levou em conta a situação da epidemia em nosso país. Devemos continuar levando em consideração, mas também sermos realistas”, afirmou.
“Nós aplicamos em uma situação de emergência por um período muito curto, e continuar aplicando até o final da próxima temporada, com testes a cada quatro dias, seria impossível”, destacou.
Para o dirigente, manter esses protocolos, “seria uma violência física contra os jogadores”.
“Temos que encontrar outras soluções”, acrescentou.
Gravina também se referiu aos campeonatos amadores, admitindo que não sabe “como e quando” eles poderão ser realizados.