Vinte e quatro mil e 185 casos de malária foram registados no primeiro semestre deste ano, no município de Caimbambo, província de Benguela, contra os 21.178 notificados em igual período de 2019, soube hoje, terça-feira, a Angop.
Segundo o director local da Saúde, Henrique Canga, que falava à Angop, as fortes quedas pluviométricas, aliadas ao deficiente saneamento básico nalgumas localidades, estiveram na base desse aumento.
“Este ano, choveu muito e, consequentemente, houve o aumento de charcos e de outros locais propícios para a reprodução do mosquito Anopheles, principal transmissor da doença”, disse.
Sem quantificar, referiu que o maior número de pessoas infectadas com a doença são crianças, das quais algumas falecem porque chegam tardiamente aos serviços de saúde.
Noutros casos, reconheceu, os serviços de saúde estão longe e a população opta por um tratamento caseiro, recorrendo às unidades sanitárias só quando a situação se agrava.
“Chegam muitos casos com hemoglobina baixa, sendo necessárias transfusões e alguns acabam em óbito”, acrescentou.
Relativamente ao banco de sangue, o director informou não existir problemas, pois têm sido abastecidos regularmente por doadores voluntários.
Em termos de fármacos, adiantou que ainda possuem em stock antimaláricos de primeira linha, como Coartem, Artesunato e Artemether, para acudir qualquer situação.
O Caimbambo possui 13 unidades sanitárias, incluindo um hospital municipal. Tem sete médicos de clínica geral, bem como um número razoável de enfermeiros e pessoal de apoio.