A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, pediu hoje, em Luanda, aos cidadãos a evitar a divulgação de informações falsas, relacionadas com o atendimento e condições dos centros de tratamento da Covid-19 no país.
A governante, que falava na campanha de testagem rápida a jornalistas e outros funcionários dos órgãos de comunicação social, realizada na Rádio Nacional de Angola (RNA), enfatizou que tudo tem sido feito para garantir uma prestação de serviço humanizado.
Sílvia Lutucuta disse não ser aceitável que pessoas de má fé, e em muitos casos nem estejam internadas, comecem a veicular informações que não corresponde com a verdade.
“As pessoas estão a ser acompanhadas e existe protocolos próprios para atendimento dos doentes com Covid-19, porque o paciente com essa pandemia não é aquele que é visto a toda hora, a período em que há entrada e é preciso usar os equipamentos de biossegurança”, disse.
Por outro lado, condenou a atitude de alguns internados nos centros de tratamento que estão arrancar as tomadas e os chuveiros destes locais, criados recentemente para o combate à pandemia.
Na sua óptica, os pacientes angolanos estão a ser tratados a nível da média mundial, realidade totalmente diferente em alguns países, em que estão a receber cuidados médicos em parques de estacionamentos, nos estádios de futebol, sem grandes condições, daí ter apelado a valorização do trabalho que está ser feito pelo Governo.
Sublinhou que Angola tem feito um grande investimento em termos de infra-estruturas para o tratamento da Covid-19 e em termos de recursos humanos, porque trata-se de uma pandemia que está ensinar os profissionais quase todos os dias.
A testagem em massa começou nos últimos cinco dias nos mercados de Luanda, designadamente Catinton (Maianga), 30 (Viana), Kikolo (Cacuaco) e ASA Branca (Cazenga), e no bairro Mártires do Kifangondo, bem como no município do Cazengo, província do Cuanza Norte.
No quadro dessa campanha de testagem massiva, mais de 10 mil pessoas, sendo sete mil e 500 de Luanda, foram testadas, sendo que apenas 57 amostras, que representam 0.8 por cento, têm a expressão na fase activa ou transitória de exposição à covid-19, pelo que estão a ser reconfirmados com teste de biologia molecular.
Com os 23 casos positivos de domingo, o país conta agora com 506 infectados, 118 recuperados, 362 activos e 26 óbitos.