O Banco Mundial reviu hoje as previsões de crescimento para a África subsaariana, antecipando uma recessão de 2,8% para a região onde todos os países lusófonos, à exceção de Moçambique, registam um crescimento negativo.
“A África subsaariana foi devastada pela pandemia da covid-19, e a atividade económica colapsou na primeira metade do ano, a pandemia teve efeitos gravíssimos em termos humanos e económicos, a mais profunda perturbação na atividade económica de toda a região alguma vez conhecida”, lê-se no relatório hoje divulgado em Washington sobre a economia mundial.
Nas Perspetivas Económicas Mundiais, o banco multilateral escreve que esta região “sofreu consequentemente em resultado do impacto da pandemia nos seus principais parceiros comerciais, da interrupção das viagens mundiais e das cadeias de abastecimento e da queda dos preços globais das matérias-primas, em particular do petróleo e metais industriais”, o que originou um “aumento da aversão ao risco entre os investidores e estimulou saídas de capital sem precedentes”.