O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse hoje que opositores do Governo que convocaram protestos para este final de semana são “criminosos” e “terroristas” e pediu que as polícias atuem com dureza caso as iniciativas se tornem violentas.
“Agora estamos vendo um grupo de criminosos terroristas se movendo para quebrar o Brasil”, afirmou o chefe de Estado brasileiro.
“Eles estão nos ameaçando”, acrescentou Bolsonaro referindo-se aos protestos antifascistas e antirracistas convocados para várias cidades do país no próximo domingo.
Jair Bolsonaro, que participou da inauguração de um hospital no estado de Goiás para tratar pacientes de covid-19, também classificou os manifestantes que se opõem ao seu Governo como “preguiçosos” e “viciados em drogas” que estariam ameaçando o país.
“Eles geralmente são criminosos, terroristas, viciados em drogas, pessoas preguiçosas que não sabem o que é a economia, não sabem o que é trabalhar para ganhar seu pão diário”, disse o chefe de Estado brasileiro.
Na semana passada, centenas de pessoas saíram às ruas em protestos pró-democracia, em resposta às manifestações convocadas semanalmente, no meio da pandemia, por apoiantes do Presidente.
Neste fim de semana estão previstos novos protestos a favor da democracia, para os quais Bolsonaro exortou as forças de segurança regionais e nacionais a “fazer o devido trabalho” caso “os criminosos extrapolem os limites da lei”.
Além disso, o Presidente brasileiro pediu aos seus seguidores que não apareçam nas ruas para se manifestarem.
O Brasil registou esta semana um recorde de mortes diárias por três dias consecutivos e Bolsonaro, ao ser questionado sobre que mensagem mandaria às famílias das vítimas, disse que a morte “é o destino de todos”.
O Brasil é o segundo país com mais infeções por covid-19, com 614.941 casos confirmados e 34.021 mortes.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou perto de 391 mil mortos e infetou mais de 6,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,8 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.