Sábado, 27 de Julho, 2024

“Ti Saldo” viola Estado de Emergência com actividade desportiva

Cinquenta e cinco cidadãos foram detidos, nas últimas 24 horas, em Luanda, pelas forças de defesa e segurança nacional, pela pratica de actividade desportiva colectiva (atletismo), uma acção promovida pelo cidadão Álvaro Muanza “Ti Saldo”.

O cidadão em causa é muito conhecido na província de Luanda por causa das vestes que usa quando aparece em público, normalemente decoradas com cartões de recargas de uma operadora de telefonia móvel.

De acordo com o porta-voz do Ministério do Interior, Waldemar José, a respectiva actividade estava a ser realizada na Cidadela Desportiva, violando as disposições do Decreto Presidencial que declara o Estado de Emergência.

O subcomissário, que falava no habitual ponto de situação da covid-19 em Angola, referiu que esses cidadãos já foram encaminhados ao tribunal para o julgamento sumário.

Ainda em Luanda, relatou a detenção de um cidadão, por lavar a sua viatura na via pública e insurgir-se contra as forças da ordem.

Apontou também a detenção de 17 cidadãos na província da Huíla, por exploração ilegal de inertes, enquanto 15 indivíduos foram detidos no Cuanza Norte e um cidadão no Cuanza Sul, por violarem a cerca sanitária provincial.

Na ocasião, o oficial esclareceu que a advogada Paula Godinho foi autorizada pela Comissão Multissectorial de Combate à Covid-19 a sair de Luanda para Benguela, por motivo de óbito de tio.

Segundo Waldemar José, a advogada respeitou e cumpriu as disposições orientadas pela respectiva comissão, desmentindo, desta forma, informações nas redes sociais que acusam Paula Godinho de ter “furado” a cerca sanitária.

Desmentiu também o envolvimento de efectivos da Polícia Nacional na morte de um cidadão angolano de 34 anos de idade, quarta-feira (20), no bairro Adriano Moreira, no município do Cazenga, em Luanda, clarificando que as investigações feitas pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC)  concluíram que os disparos foram feitos por meliantes.

Segundo as investigações, avançou, os meliantes trajavam roupas azuis, levando a população a presumir tratarem-se de agentes da polícia.

A delegação do Ministério do Interior lamenta a morte e afirma ter desencadeado diligências no sentido de localizar e deter os autores do crime e encaminhá-los aos órgãos de justiça.

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