O advogado especialista em reestruturações de dívida pública Thomas Laryea defendeu hoje em entrevista à Lusa que Angola e Moçambique não devem suspender os pagamentos da dívida soberana porque isso aumentaria os custos de financiamento.
“Quer Angola quer Moçambique receberam financiamento do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de outras instituições multilaterais para compensar os efeitos económicos da luta contra a covid-19, o que é a primeira linha de defesa apropriada”, disse Thomas Laryea em entrevista à Lusa.
Para o advogado que foi o representante dos credores na reestruturação dos 727,5 milhões de dólares de dívida soberana emitida por Moçambique, “qualquer consideração sobre a suspensão de pagamentos de Eurobonds por parte de Angola ou de Moçambique será onerosa para estes países e vai afetar o custo de financiamento, que é crítico para eles recuperarem da crise e para regressarem ao crescimento nas suas economias”.