O presidente da Associação dos Hoteleiros e Similares de Benguela, Jorge Gabriel, apontou, nesta quinta-feira, um prejuízo de cerca de 60 por cento nas suas receitas devido à pandemia da covid-19.
Segundo o responsável, que falava à Angop sobre o impacto da pandemia neste sector, a classe hoteleira é que mais ressente as consequências da doença, colocando em risco milhares de postos de trabalho.
O empresário é de opinião que, apesar das medidas recentemente adoptadas pelo Executivo para o alívio dos efeitos da pandemia sobre as micro, pequenas e médias empresas, a sua implementação ainda não é um facto.
“Não há grandes esperanças nem condições para que a classe volte aos números e ambiente de negócio do passado, num futuro breve”, afirmou.
Apontou como uma das soluções para o resgate das empresas do sector passa pelo pagamento de pelo menos 50 por cento da divida dos serviços prestados ao Estado, para que, brevemente, não se observe uma falência acentuada.
O presidente dos hoteleiros avançou que, a nível da província de Benguela, a dívida pública está acima dos 24 mil milhões de kwanzas, inserindo-se aí a dívida à rede hoteleira e similares.
Na sua óptica, se o Estado pagasse 50 por cento da dívida aos empresários, principalmente para as contas reconhecidas, ajudava no ressurgimento do sector hoteleiro no pós-estado de emergência.
Quanto aos empregos e salários dos funcionários, o responsável garantiu que estes estão salvaguardados, apesar de algumas empresas estarem a ponderar o encerramento definitivo, daí a necessidade de se criarem formas de se financiar e potenciar a classe, nomeadamente com isenções de impostos e segurança social.
A província de Benguela possui 228 unidades hoteleiras, 91 restaurantes e 1329 similares, que empregam cerca de sete mil pessoas.