Domingo, 22 de Dezembro, 2024

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Trump alerta China para possível responsabilização por pandemia

O Presidente dos Estados Unidos alertou, no sábado, a China para as possíveis consequências se for provado que este país foi “conscientemente responsável” pela pandemia da covid-19.

“Podia ter sido impedida antes de ter começado e não foi”, disse Donald Trump durante a conferência de imprensa diária na Casa Branca.

“E agora o mundo inteiro está a sofrer por causa disso”, salientou.

Questionado sobre se a China devia sofrer consequências por causa do surto, que surgiu em dezembro na cidade chinesa de Wuhan, Trump disse: “Se foram conscientemente responsáveis, certamente. Se foi um erro, um erro é um erro. Mas se foram conscientemente responsáveis, sim, então devia haver consequências”.

“Foi um erro incontrolado ou foi um erro deliberado? Há uma grande diferença. Em ambos os casos, deviam ter-nos avisado”, acrescentou.

O Presidente norte-americano disse esperar para ver o que a investigação chinesa vai concluir, adiantando que os Estados Unidos estão também a fazer investigações.

A administração Trump disse ainda não poder excluir a possibilidade de o novo coronavírus ter sido espalhado acidentalmente a partir de um laboratório de investigação de morcegos em Wuhan.

Trump voltou também a questionar os dados oficiais chineses que mostram que o país sofreu apenas 0,33 mortes por 100 mil habitantes. “Esse número é impossível”, sublinhou.

Os Estados Unidos registaram 11,24 mortes por 100 mil pessoas, contra 27,92 para a França e 42,81 para a Espanha, de acordo com um gráfico apresentado na conferência de imprensa.

A administração norte-americana tem acusado, nas últimas semanas, o regime chinês de “ter dissimulado” a gravidade da epidemia da covid-19.

“Nunca houve qualquer dissimulação e nunca autorizaremos qualquer dissimulação”, garantiu um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

Apesar de reconhecer “atrasos e omissões” no registo das vítimas mortais da covid-19, Zhao Lijian garantiu que as autoridades chinesas tiveram uma “resposta irrepreensível” à crise sanitária no país.

Na sexta-feira, as autoridades chinesas anunciaram que mais 1.290 pessoas morreram em Wuhan, o que eleva o número total de óbitos locais para 3.869. Com esta atualização, o número de vítimas mortais na China subiu para 4.632.

Estes casos não tinham sido ainda contabilizados nas estatísticas oficiais porque, no auge da epidemia na cidade, alguns pacientes morreram em casa, sem terem sido atendidos nos hospitais, então sobrelotados, afirmaram.

Os números oficiais só incluíam, até aqui, mortos nos hospitais, indicaram, na nota difundida nas redes sociais.

Em quase todos os países europeus e nos Estados Unidos, a taxa de letalidade é superior a 10%, quase o dobro do registado pela China, mesmo com esta atualização das autoridades de Wuhan.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 157 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (mais de 36 mil) e mais casos de infeção confirmados (mais de 700 mil).

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

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