O corpo do músico, compositor, político e desportista Rui Mingas, falecido no dia 4 deste mês, em Lisboa, aos 84 anos, chega a Luanda na sexta-feira, dia 12, confirmou, segunda-feira, o ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau.
“Em princípio, a chegada do corpo está prevista para dia 12”, declarou Filipe Zau, à margem da cerimónia de homenagem aos artistas, por ocasião do Dia da Cultura Nacional.
Para amanhã, quarta-feira, está prevista uma homenagem dos artistas, aberta ao público, no Centro de Convenções de Belas, a partir das 15 horas, sob a égide da produtora de eventos Nova Energia, de Yuri Simão.
O titular da pasta da Cultura referiu que está em curso um programa sob a responsabilidade dos ministérios da Cultura e Turismo e da Juventude e Desportos, para que a memória de Rui Mingas e as exéquias tenham uma dignidade à altura do homem que ele foi.
“Estamos a festejar em luto. É uma perda nacional de um homem que era extremamente importante, um belíssimo operário da cultura, um compositor e também um homem da política, da diplomacia”, disse o ministro, ao falar sobre a dimensão de Rui Mingas.
Filipe Zau destacou a veia musical de Rui Mingas, considerando que muitas das suas composições constituem “clássicos da nossa música”.
Rui Mingas faleceu na quinta-feira passada, em Lisboa (Portugal), vítima de doença prolongada, aos 84 anos.
Um dos autores da letra do Hino Nacional, juntamente com o escritor Manuel Rui Monteiro, Rui Mingas participou activamente no processo que culminou com a Independência de Angola, a 11 de Novembro de 1975.
Político, diplomata, empresário e compositor, entre outras valências, Rui Mingas nasceu a 12 de Maio de 1939, e distinguiu-se também no desporto, particularmente no atletismo, antes de ser secretário de Estado de Educação Física e Desporto, deputado à Assembleia Nacional pelo Grupo Parlamentar do MPLA, embaixador de Angola em Portugal e reitor da Universidade Lusíada de Angola.
Rui Mingas musicou os poemas “Monagambé”, “Adeus à hora da largada” e compôs “Birin Birin”, “Makezu” e “Meninos do Huambo”. A sua voz levou ao mundo poemas de Agostinho Neto, Viriato da Cruz, António Jacinto e Mário António.
O velório está aberto desde a manhã de domingo, 7, na sua residência, na rua Cabral Moncada, em Luanda.
JA