O Ministério Público de Atlanta, nos EUA, anunciou que está a investigar 16 republicanos que em 2020 terão falsificado documentação eleitoral para alterar resultados das presidenciais no estado da Geórgia a favor do então Presidente, Donald Trump.
Em documentos apresentados ao tribunal, a acusação explicou que lançou uma investigação criminal contra estes 16 republicanos por terem assinado um certificado eleitoral não oficial com o objetivo de se fazerem passar por representantes legítimos da vontade popular e apoiar Trump (2017-2021) contra o verdadeiro vencedor das eleições naquele estado: o atual Presidente, Joe Biden.
No início de julho, um grande júri ligado a esta mesma investigação, sobre se Trump interferiu nas eleições gerais de 2020 na Geórgia, intimou o seu antigo advogado pessoal Rudy Giuliani, o senador da Carolina do Sul, Lindsey Graham, e outros aliados do antigo Presidente a testemunharem.
Estes incluem John Eastman, Cleta Mitchell, Kenneth Chesebro e Jenna Ellis, que alegadamente aconselharam Trump a inverter os resultados eleitorais na Geórgia e noutros estados-chave.
As intimações foram assinadas pelo juiz do Tribunal Superior do Condado de Fulton que supervisiona o trabalho do grande júri, composto por 23 pessoas.
Giuliani, ex-autarca de Nova Iorque e um dos principais apoiantes de Trump durante o seu mandato, liderou as tentativas judiciais para inverter os resultados das últimas eleições presidenciais.
Em finais de 2020, Giuliani testemunhou perante os legisladores da Geórgia três vezes sobre estes esforços.
No início deste ano, o procurador Fani Willis, do condado de Fulton, solicitou formalmente a criação de um grande júri para recolher provas e investigar se Trump e outros interferiram nas eleições presidenciais de novembro de 2020.
Esta investigação decorre paralelamente às investigações conduzidas por uma comissão da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, que nas últimas semanas realizou várias audições públicas sobre os esforços de Trump para reverter os resultados das eleições presidenciais e o seu envolvimento na invasão do Capitólio em janeiro de 2021.
Lusa